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domingo, 12 de dezembro de 2010

Release Circuito Explorer 30km 28/11/2010 - Sauípe - Por Luciana Freitas

Olha! Foi tão divertido! Que corrida deliciosa!


Muitos Aventureiros do Agreste se embrenharam pelos matos nesse fim de semana. Tadeu correu com Ígor, Mauro com um outro Ígor, Manu foi com Ítalo, Fernando com a namorada Adriana, Lucy levou Vânia(outra dupla feminina) e eu com Gabi de Penélopes.
Lá estávamos nós, na linha de largada da Explorer. Pena que poucas mulheres se aventuram a correr sozinhas e o resultado é que somos inseridas na categoria de duplas mistas.
Gabi é uma figura! Sem treino havia 15 dias, mas tira o sangue de onde não tem pra competir. Eu nem preciso falar... sempre quero ficar ali, no meio do bolo. Não tem jeito! Somos movidas a pilha! Claro que em Corrida de Aventura nunca se sabe o que pode acontecer. Cantar de galo antes de terminar uma prova é uma grande falta de noção das variantes. O primeiro trecho da prova era um trekking dentro da Fazenda São Lucas, na Linha Verde, em Sauípe. Junto com as mais de 30 duplas, entre meninos e meninas, saímos no trotezinho para achar o PC1, que ficava num cruzamento de trilhas bem marcadas. Passando entre dois lagos, numa clareira depois da trilha, estava o PC2. O mapa tava tão bem feito que não dava pra errar muita coisa. Coqueiral, vegetação densa, lagos, eucalipto, estava tudo desenhado.
O PC3 ficava numa área alta no meio do coqueiral. E, no meio da galera, estava a Srta. Lucy Helena numa ousadia só! Vocês sabem? Aquela Penélope que estava fazendo umas provas de orientação comigo pra aprender a navegar! Toda vez que a gente se encontrava eu dizia do seu atrevimento. E não foram poucas vezes que nos encontramos. Elas pegaram vários PCs em nossa frente. Está navegando horrores! Eu criei um monstro!
PC4 na beira do riacho. E o 5 traquilex! Maaaaas, pra não dizer que não teve emoção, perdemos a trilha de volta pra fazenda. RS! Fiz um azimute e caí pra dentro do mato. Gabi dizia: “Lu! Você tem certeza de que é por aqui? Estamos fazendo muito zig zag.” Tava tudo dominado! No final do matagal todo, apareceria uma estradinha. A estrada apareceu depois que arranhamos até a alma. A perna de Gabi escorria sangue. Eu tinha espinhos nos tornozelos que pareciam agulhas de acumpultura. Fui tirar o último em casa, já enrolada na coberta pra dormir.
O calor tava demais! Um abafamento doido! E para a alegria do povo e a felicidade geral da nação, tinha um chuveirão no PC6. Um chuveirão delícia! Gabi ainda teve tempo de paparicar os filhotes lindos que fizeram o maior sucesso durante a prova.
Já de bicicleta, entramos numa trilha com bastante areia e umas ladeirinhas boas. O sol derretia nossos miolos! Faltou sombra naquele lugar. Para onde foram as árvores? Batemos o PC7 depois de Lucy, inclusive, rs! Ela já estava saindo quando chegamos lá. No caminho para o PC8 tivemos a companhia de umas duplas que ficavam competindo as ladeiras com a gente. Aproveitamos para comprar um guaraná ultra-gelado numa venda (na roça não é bar, é venda) ao lado da igreja/PC e dividimos com a galera toda.
O PC9 era uma área de transição para trekking e mudança de mapa. Essa do mapa foi ótima! Eu enxerguei o mapa de 1:7500 como um de 1:75000. Fiz todas as contas como se fosse andar muito mais. RS! Quando descemos a trilha, logo percebi o erro porque a vegetação mudou e tudo chegou muito antes do previsto. O detalhe é que, antes de largar, Mauro chegou atrasado ao briefing e pegou meu mapa pra copiar. KKKK! Fiquei imaginando a cara de “nada” que ele deve ter feito quando percebeu que fiz tudo errado!! Deve ter se retado!
Vamos lá! PC10 beleza! PC11 era a parada para tiroleza, canoagem e natação. Gabi foi para a tiroleza, eu nadei. Só que ela deu uma caruara lá em cima! Achei estranho não vê-la descendo, já que é bem mais corajosa do que eu, enquanto duas pessoas que chegaram depois faziam o percurso. Mas, no fim das contas, deu tudo certo! Ela desceu e pronunciou todos os palavrões do universo. E ainda foi paparicar as crianças pra relaxar, enquanto eu tava lá esperando pra remar. RS! Uma cara de pau!
Aí a canoa canadense quase virou com as Penélopes do Agreste! Cheias de técnica e de ginga, o que era pra ser uma voltinha no pau da bandeira, demorou um pouquinho. De lá fizemos mais uns trechos lindos de trekking. Era um lugar cheio de trilhas, com pontes estreitas, riachos, subidas, descidas e muita árvore. E enquanto a gente andava, tricotava. Teve uma hora em que fomos conversando e passando do caminho. Gilson, Calangos, quem gritou: “Ei! Vão pra onde!?” Mulher quando se junta é uma viagem! Coisa é quando correm as quatro!
O arvorismo foi no PC17. Eu subi lá cheia de molejo pela escada toda bamba! Depois de muito balançar por cima daquelas árvores, desci de rapel e fomos embora para o PC18. Íamos pela trilha mais marcada, mas Gabi me convenceu a pegar o caminho mais curto, já que o rio era raso. Ótima sugestão!
PC18, PC19, onde voltamos para as bikes no meio de um monte de equipes. Ali estavam mais duas(equipes mistas) que competiam diretamente com a gente o segundo lugar na prova. Nesse momento, todo mundo botou sangue no olho e começou a pedalar com mais força. Pra pegar os PCs 20 e 21 foi uma correria. Faltavam menos de 3km de asfalto para a chegada quando Gabi começou a gritar com câimbra. Nossa! O sofrimento de uma pessoa com câimbra é horrível! Incrível como conseguiu superar! Procuramos ficar tranqüilas, não parar, pedalando mais devagar, fazendo vácuo. Eu também não tava essas “coca-cola” toda! Mas, mesmo assim ainda ficamos a apenas 1 minuto do terceiro colocado.
Foi uma ótima prova! Corrida de Aventura é tudo de bom! Esse contato com a natureza recarrega todas as energias. E quem precisa de terapia fazendo um esporte desses?

2ª Etapa Circuito Explorer 30km 28/11/2010 - Sauípe-Ba

Com o adiamento da Carrasco (última etapa do campeonato bahiano 2010) para janeiro de 2011, os atletas da Bahia viram no Circuito Explorer (prova curta e disputada em dupla) uma prova para se despedir de 2010 e treinar ainda mais para a Carrasco. Foi uma prova com muitos novatos iniciando neste esporte, que a cada dia que passa conquista novos adeptos. A Aventureiros do Agreste foi muito bem representada por 6 duplas que brilharam durante a prova. Destaque para as Penélopes do Agreste que ficaram em 4º lugar na categoria Dupla mista/feminina. A prova ainda teve um momento hilário entre os AA, que foi a disputa de posição entre a equipe Treinadores de Elite e Os Aventureiros. Parabéns a todos os Aventureiros!


CLASSIFICAÇÃO FINAL

Masculino

1 Gantuá Millennium Tia Sônia 3:48
2 Millennium Daventura Makaira 3:56
3 Kaaporas 4:13
4 IGH - Divisão Aventura 4:38
5 Gantuá do Sertão 5:05
6 Calangos 5:07
7 Would Go 5:11
8 Caatinga Trekkers 5:15
9 FORTH 5:30
10 Legionários 5:32
11 Paletada 5:32
12 Treinadores de Elite 5:42 (Fernando Tadeu e Igor Almeida)
13 Os Agrestes 5:44 (Mauro Abram e Igor)
14 Potiguar Aventura 5:45
15 Trackfinder / Insanos 5:49
16 Aventureiros 3000 6:14 (Emanuel Moreira Jr e Ítalo Ghignone)
17 Tribo Ecológica - Corte Arvorismo
18 Taz Trekking - Corte Arvorismo
19 Xuxu com Milho - Verde Penalizada
20 Caatinga Trekkers - Penalizada
21 Caatinga Trekkers - Penalizada
22 Solaris - Penalizada



Mista/Feminina

1 Caatinga Trekkers 4:00
2 Millennium Daventura Makaira 5:17
3 Companheiros de Aventuras 5:18
4 Penélopes do Agreste 5:24 (Gabriella Carvalho e Luciana Freitas)
5 Trackfinder / Insanos 5:39
6 Cupuaçú 5:54
7 AG2+2 6:22 (Lucy Jesus e Vânia)
8 Millennium Daventura Makaira 6:27
9 Academia Vidativa/Rasodacata - Corte Arvorismo
10 AG2 - Corte Arvorismo (Fernando Cortes e Adriana)
11 Kaaporas - Corte Arvorismo
12 Gantuá Millennium Tia Sônia - Penalizada


Teste bebida isotônica SUUM - Por Fernando Tadeu.

A ProAtiva me forneceu para teste o isotônico SUUM e eu o testei durante o Circuito Explorer. A primeira coisa que chamou a atenção foi a forma compacta que se apresenta a bebida. Bem diferente das outras bebidas que temos no mercado, que são comercializadas em garrafas, o SUUM vem em um tubo com 10 pastilhas, que precisam ser dissolvidas em 500ml água (cada pastilha) para o consumo. Com este formato, fica muito mais fácil o seu transposte. Durante a corrida, carreguei comigo na mochila 4 pastilhas, o que seria impossível se fosse em garrafas devido ao peso. Além da praticidade no transporte, o SUUM possui uma maior quantidade de eletrólitos que a encontrada nos isotônicos disponíveis no mercado. Um excelente produto!

Acessem o site do SUUM para maiores informações.



Teste meias Lorpen - Por Fernando Tadeu

Como brinde da ProAtiva, recebi um par de meias Lorpen TriLayer Midweight Hiker Men's, para testar e publicar o teste. Segue o resultado.

O teste foi feito na prova de Corrida de Aventura "Circuito Explorer" em 28/11/2010, prova de 30km. A princípio tive a impressão de que as meias ficariam apertadas devido ao forte elástico do cano, mas o conforto foi indiscutível. Estas meias possuem uma tripla camada (poliéster hidrofóbico, fibra natural e poliamida. As meias são super confortáveis e protegeram muito bem os pés, tendo em vista que em um momento da prova eu passei por uma vegetação espinhosa. Nos momentos em que eu estava com os pés molhados as meias se comportaram muito bem evitando que a umidade atrapalhasse o meu desempenho.
Vsitem o site da Lorpen para maiores detalhes e informações sobre outros produtos.



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Release Carrasco Fast 100km - Por Luciana Leal

Tudo começou quando perdi aquela famigerada fitinha... RS! Não... volta mais! Pra começar, quero dizer que desorganização é uma doença altamente contagiosa e parece incurável Falta de treino também!
Segundo Mauro, nosso apoio tava certo. NINGUÉM seria nosso apoio! Equipamentos arrumados de última hora... corre, corre! Quem vai fazer apoio!? Sobrou pra Fred outra vez, agora como apoio!
Largada às 22h! Corrida de 5km pelas ruas de Feira de Santana. No meio do caminho pegamos a senha-fitinha, correndo junto com o bolo, quase chegando... cadê a fitinha!??? “Meu Deus! Eu perdi a fitinha! Vou voltar!” Voltei igual a uma louca, desvairada! Confesso que tive vontade de pegar qualquer plástico no meio da rua, de arrancar a fitinha da mão de alguém, de voltar sem porra de fitinha nenhuma! (Tudo tentativa de Zé,meu anjo da guarda, pra me fazer voltar), mas a minha honestidade falou alto demais, mais do que deveria. E às vezes você tem que saber a diferença entre ser honesto e ser bocó. Corri! Botei meus bofes pra fora! Não cogitei a possibilidade de ninguém mais, além da bocó que vos escreve, fazer aquele percurso outra vez! Tive que me castigar mesmo sem estar treinada pra fazer aquela força toda. E, toda “explicativa” como sou, ia falando pra todos que vinham em minha direção, já que eu ia ao contrário do fluxo, que perdi a fitinha. E, quando cheguei lá, Evinho me mandou voltar que não precisava pegar outra vez. Como eu me senti?? Sem comentários! Quem manda ser debilóide!?
Termina de contar?! Bom! Perdemos meia hora nessa brincadeira. Scavuzzi me esperava numa esquina. Transição para a bike, voando pelo asfalto, parando o trânsito, literalmente e partimos pra a beira do rio para remar uns 12km noite adentro. . Na beira do rio, fui de meias, com os tênis nas mãos e ganhei uma coleção de carrapichos nos pés. Putz! Arranquei as meias dos pés, já sabendo que teria de fazer o trekking seguinte sem elas.
O remo até o PC 3 era de uns 6km. Remamos com vontade, dentro da nossa falta de treino, sem ver nem uma luzinha à nossa frente. Sei que perto do PC 3 encontramos uma equipe, ou será que ela que nos encontrou? RS! Nem lembro! Voltamos para o 4 sem grandes novidades, mas numa animação doida, afinal, a gente sempre dá um jeito de recuperar posições. E confiamos nisso até o último minuto da Corrida. Do PC4 partimos para o trekking naquele breu absurdo! “Porque é que esse povo só faz prova sem lua?” Acha uma casinha, acha duas, late cachorro, “é por aqui!”, “volta que o azimute ta ao contrário!”, e pula cerca! Eu sei que a gente acabou encontrando o charco, o rio, passamos por algumas equipes e o PC5 apareceu. Makaíra e Gantuá ficaram pra trás! Mas ainda tinha muita prova pela frente e muita equipe também.
No PC5 encontramos nosso apoio com o reforço da nossa dupla campeã 55km(Lucy e Ígor). “Que orgulho de nossas crianças!” Fred foi super bacana com a gente! Nem tomamos bronca por termos ficado tão pra trás. E todos nos ajudaram!
Então saímos para a segunda perna de bike, esperançosos em encontrar muitas equipes no caminho! Podem rir! Eles nos encontraram! Um mountain bike legal com boa iluminação, evoluindo direitinho... Isso era o que a gente pensava! A Gantuá evoluiu muuuito mais! Apareceu nas imediações do PC 8 numa velocidade alucinante... Scavuzzi disse que tava pedalando horrores! Praaaaaá! Se achando e achando que Mauro tava logo atrás... quando percebeu.. tic! tic! tic!... era Diana dando sinal de luz.. RS! E a Gantuá foi embora!
O dia amanheceu e a gente ainda pedalava. No PC10, pegamos um monte de comida, incluindo um delicioso salame e fomos embora. Só sei que fomos fazer o trekking que subia aquele morro enorme que tinha uma plantação de urtiga, cansanção e espinhos nativos de todas as espécies possíveis e imagináveis! Não dá pra descrever! Já fiz muita Corrida de Aventura e achava que tinha visto de tudo. Mas só indo lá, porque contando, ainda parece pouco. Tranquilo até o 11 e começamos a subida. Dessa vez foi a Makaíra que nos atropelou! Até suspeito que eles tenham descido embolando de lá de cima. Foi muito rápido! Será que tinham um tonel!? Ou uma patinete voadora! Que louco! Eu usava o mapa como escudo. Scavuzzi ficou preso num espinho pela orelha, fez um furo de graça pra botar um brinco. Roupa, cabelo, óculos, os espinhos não davam trégua e pareciam sem fim. E quando chegamos embaixo Mauro resolveu sentar no chão pra descansar. “Maurooo! Levanta!” E ele dizia: “Ah! Cansei!” Empacou, mas foi bem rápido!
Acho que do 10 até o 13 foram uns 20km andando e correndo. Esquecemos completamente do corte às 9:30h. Nem dava tempo de fugir dele! “Quem foi Naninhaaa? Nunca mais tinha tomado corte!” Mauro anotou no mapa dele e esqueceu, rs! Nessa hora nosso apoio já tava impaciente de tanto esperar, querendo que saíssemos logo.
Então fomos direto do 13 para o PC19, por uma estrada de barro gostosa, uns ladeirões bons de descer. Chegando lá, Fred pegou nossas tralhas e nos dirigimos pra natação.
Enquanto choviam os coletes de Lucy e Ígor, a gente atravessava os 700m de natação. Pra dizer a verdade, esse foi o trecho mais delícia de corrida toda. O banho de rio depois que o barro e o suor já estão quase te transformando numa escultura. Quando a meleca do nariz já está preste a lhe asfixiar e o barro já entupiu todos os poros, vem um rio pra melhorar tudo. Gabi parecia um peixinho brincando de jogar água na minha cara. Vale comentar que na natação rola(do verbo rolar, por favor!) uma competição à parte entre eu e Mauro. Ele não consegue admitir que nada pior do que eu, mas sempre venço as paradas.
Fizemos então o trekking até onde estavam os caiaques e começamos a remar nossos 12km finais de prova. Lentos como uma lesma, remamos até o pórtico de chegada em derradeiro, sonhando com a feijoada na casa da mãe de Gabi.
E vamos treinar porque a galera ta voando baixo! Quero dizer que é sempre muito bom encontrar todos vocês. Parabéns a todos! Organização, equipes, apoios! Até a próxima!

Beijos!

Luciana


Aventureiros do Agreste

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Release Carrasco Fast - Por Lucy Jesus

Por Lucy Jesus

Decidi escrever logo meu release enquanto os arranhões e as marcas de cansanção estão bem vivas na memória.. e na pele!

A prova foi linda. De todas, a que eu mais curti até agora. Não tanto pelo pódio, porque isso a gente só sabe no final. Mas por cada etapa, cada superação, cada dificuldade que tivemos que resolver.
Igor e eu queríamos correr a prova de 100 km. Tentamos montar um quarteto, mas nossos convidados tinham compromissos de trabalho no feriado.
Conformada com a frustração atendi a um telefonema do Mauro, sexta à noite perguntando se eu topava correr a prova de 55km. Meu bom senso levou menos de um minuto para ser convencido por minha insanidade a correr a prova. Sem planejamento, sem apoio, sem nada pronto.
- OK. Eu topo! Vou ligar pro Igor. A insanidade dele também estava de plantão e ele topou sem perguntar como!
A ideia era compartilhar o apoio da turma da Makaíras 2, o que foi muito importante especialmente nos trechos mais difíceis de navegar, logo no início da prova.
No sábado, eu joguei tudo o que achei importante levar no carro e lá fomos nós. Peguei Igor em casa e saímos, rumo a Feira de Santana. Só pudemos sair as 18h porcausa dos nossos compromissos. Fizemos a inscrição na hora, na maior correria. Conhecemos a turma do nosso apoio compartilhado, arrumamos as coisas e entramos no clima. Enquanto a turma estudava os mapas, a gente engolia o jantar. Enquanto a turma curtia o show, a gente tentava entender o mapa!!!
Pontualmente, as 22h, começou a corrida. 5.2k de asfalto. Só pra aquecer! O jantar conversando conosco a corrida toda. Que delícia!!! Chegamos ao PC1. Nossa primeira dificuldade foi entender como sair da cidade. Nada fazia sentido. Como bons novatos, pedimos apoio... Nesse momento a navegação do Mateus (Makaíras 2) nos salvou. Sem ele a gente estaria procurando o PC2 até agora. Trechinho curto de bike, mas muito escuro. A trilha ficava bem escondida.
Tinha uma pequena descida de cascalho, no escuro, que passava por numa ponte sem proteção lateral. Meu primeiro grito:
- IGOR!!! Eu tenho medo de ladeira!!!!
Eu só via o que o farolete da bike mostrava, o que era nada! Igor foi. Eu também fui!! Nada de mais para quem pedala, mas para mim, foi a primeira superação. A coisa melhorou um pouco quando os carros de apoio começaram a chegar. A luz dos faróis me mostravam o caminho e aí eu vi onde tinha me metido!
Dali partimos para o PC3 para acompanhar a prova e esperar a galera que voltava do remo. Ficamos alí com os apoios e deu pra tirar um cochilo. Deu pra ver a Aventureiros chegando e até dei uma forcinha na transição. Aliás, Fred se saiu muito bem no apoio. Dedicado, concentrado. Preocupado em não deixar faltar nada. Entre um cochilo e outro, conversamos bastante.
Fred - ainda quero correr com você. Quero ver se vc é essa brabeza toda, mesmo!! A gente vai rasgar muito mato!!!
Lá pelas 4h da manhã, fomos direto para o PC11 junto com a Makaíras 2 de onde partiríamos as 5:15. Como ninguém aparecia, dormimos mais um pouco. Finalmente, chegam Paulinho e Marcia e autorizam a Re-largada: 5:50!!!
Vamos escalar aquele morro ali. Pensei: fichinha!!! Perto do morro do castelo, aquele parecia uma leve ondulação!! Beleza. A subida foi mole. Batemos o PC12 a 180m de altura e curtimos o belíssimo visual do lugar. A descida foi punk!!! Tinha que ir de rala-bunda mesmo, pra não se estabacar no precipício. Aí, minha gente, foi rasgar mato! Os pés de espinho nos abraçavam com tanto amor, que não queriam mais largar! Em uma das equipes tinha um pobre rapaz que resolveu fazer a prova de bermuda. Não preciso dizer que ele deu o sangue pela prova!
A Giramundo nos encontrou e rasgamos mato juntos até achar a trilha para o PC 13, que encontramos graças a um gentil nativo que com toda delicadeza nos mostrou o melhor caminho:
- Vocês é doido!! Quer ir por aí, vai, problema seu, mas tá errado. O caminho é por ali, por dentro da fazenda! Agradeci a gentileza, mas o moço me ignorou solenemente!!
Quando achamos a trilha principal, Igor e eu entramos de fato na competição. Começamos um trekking forte e rolou até uma corridinha. Abrimos uma boa distância com relação às outras duplas e à nossa frente, só havia a Giramundo. Passaram por nós a Gantois e a Raso da Cata também. E toma treking... anda... anda...
No PC 13 a diversão começou pra valer. Chegamos 9:15. O corte era 9:30. Conseguimos sair antes do primeiro corte. Animados, pegamos as bikes e saímos com sangue no olho. Vendo que não tínhamos mais ajuda na navegação, tivemos que nos virar sozinhos. Igor deu um show!!!
Cada PC batido aumentava nossa disposição. Estamos na briga!!! Era como competir com as equipes de ponta. Batemos todos os PCs entre os 4 primeiros. Toda hora eu via a Gantois, a Makaíras 1 e a Raso da Cata. Estávamos na cola da Giramundo. Batemos quase todos os PCs do trecho de bike junto com eles. O capitão da Giramundo me deu parabéns! Disse que eu estava indo muito bem! Aí mesmo que pedalei. Subi e desci todas as ladeiras daí em diante! Eu estava me achando o máximo!
Turma, vocês tinham que ver Igor navegando e pedalando! Dava gosto! Além de bom na bike, ele é muito inteligente. Tem intuição e pensa rápido. Escolhemos navegar pelo caminho mais longo, porém, mais pedalável. Com isso, pude aumentar minha velocidade. Foi o que nos ajudou a bater todos os PCs rapidamente, enquanto outras equipes se atrasavam em trilhas estreitas e ladeiras de cascalho! Quem precisa de ladeiras de cascalho?
Felizes e motivados chegamos na zona de transição. PC 19. Era para encontrar o apoio, reabastecer água e comida, pegar os coletes e seguir de trilha até o remo
... Apoio.... Onde estará o nosso apoio?.....
Complicou!! Como o carro estava apoiando outras duas duplas, acabaram se desencontrando da gente. Com pouca comida, a água acabando e sem coletes, aquele poderia ter sido o fim da prova para a Aventureiros 2.
Mas eu não me conformei. Igor, chegamos até aqui. Vamos chegar até o final. Não vou desistir agora! Paulinho, precisamos de coletes, nos ajude!!! Paulinho ficou comovido. Viu que a gente não ia desistir mesmo e se ofereceu para levar nossas bikes para a outra transição.
Paulinho nos orientou a fazer o trekking até a beira do rio, esperar a lancha da organização e ver se conseguia coletes com eles.
Lá encontamos a Aventureiros 1 atravessando. Pedi ao Mauro pra avisar lá no outro trecho e mandar a lancha nos dar apoio. Comemos o que nos restava e lá ficamos, dependendo da sorte... Ao nosso lado, dois integrantes da Kaiporas se preparavam para atravessar. Um deles com cãimbras até na sobrancelha, não conseguia nadar. Entrava no rio. Saía do rio.. nada. E a gente ali. Quietinhos, rezando pra chover colete!
Meu anjo da guarda, (pra quem não conhece, é menina e se chama Luiza) ouviu minhas preces. A gentil dupla nos ofereceu os coletes. Estavam abandonando a prova. É claro que não desejei que eles abandonassem. Mas os coletes foram muito bem vindos! Agradecemos e nos jogamos! Amarrei meu tênis cuidadosamente na mochila e lá fui eu. Nunca tinha feito travessia antes! Foi uma delícia. Nadamos uns 700m e quase no final da percebi que não sei dar nó!!! Cadê meu tênis!!!!! f¨&*%!
Fiz um rápido cálculo de probabilidades e concluí que era mais fácil chover tênis que eu encontrar o meu naquele rio. Vamos em frente Igor!Vou descalça mesmo!
Chegando na margem calcei os dois pares de meia que restaram e seguimos por uns 3 km pelo mato. Tava até gostoso. Brinquei com Igor: Não tô sentindo nada! Não tô sentindo meus dedinhos, meus pezinhos.... Ai KCT, o chão tá quente. Tem espinhos. Não dá pra correr!!!
Daí eu tirei a lição número 1: Quando você achar que está cheio de problemas, abrace-se a um cansanção! É milagroso! Tudo o mais se torna relativo após um breve contato com essa adorável espécie nativa! Igor só escutou meu grito: P%¨& que P%$¨&*&!!! P##$$$. M@!#$!
O que foi, Lucy? Respondi quase chorando: Cansanção! Mas tudo bem, vamos embora que agora é que não estou sentindo nada mesmo! Esqueci a fome, os pés molhados queimando na trilha, a sede... Só sentia o banho de pimenta nas pernas!
Saindo da trilha encontramos um bar e resolvi pedir apoio:
- Moça, é o seguinte: não temos dinheiro, não temos água, eu perdi meu tênis e ainda temos uma prova para terminar.
Os meninos da casa encheram nossos skeezes com água quente da bica e nós pagamos com o que restava de amendoins!! Na realidade, o amendoim estava dentro de um dos skeezes pra não molhar. Acabamos dividindo com eles pra liberar o skeeze. Isso tudo no maior bom humor!! Eles se admiraram de como alguém poderia estar tão feliz numa situação dessas! A turma do bar nos ofereceu um mocotó que estava até bonito. Mas achamos melhor não abusar da hospitalidade...
Seguimos para os remos. Lá estava o barquinho que a ´Olhando´ emprestou pra nossa equipe. Lá estavam nossos remos, gentilmente alugados pelo Reizinho. Estávamos muito felizes! Tudo o que a gente queria era remar!
Igor nunca tinha feito leme na vida! Dei a ele algumas dicas teóricas e ele foi se ajustando. Aprendeu ´natora´! Parece que nasceu pra fazer leme. Remamos por quase quarenta minutos e eu perguntei se faltava muito. Igor disse que faltava um pouquinho. Pedi pra ver o mapa.....
-CARACA!!! A gente vai remar isso tudo!!! - Disse eu apontando para o primeiro PC que vi, que era o 3.
- Não, Lucy
- Ah, bom!
- A gente vai remar até aquele alí ó. O PC 21, lá em cima!!!
- P$%%¨¨¨##@@!!!!
Oito quilômetros de remo. Quase duas horas da tarde. Céu azul. Sol castigando!!!
- Tá ótimo!!! É pra remar, né? Então, tá! Você ´lema´ que eu remo!!!
Decidimos quebrar os 8km de remo em referências e celebramos cada pequena chegada. Agora, é até aquela curva. Agora, até a península, até aquela pedra, etc. Vamos remar até aquela casa bonita ali na frente. Lá deve ter uma feijoada nos esperando....
O visual do remo foi um show à parte. Eu vi um carcará, tinha gaivotas e Igor viu um tatu enorme. Foi lindo.
Igor, tô com fome! Dividimos as últimas balas de mel e isso foi suficiente para me reanimar. Rema, Rema, Rema...
Igor ficou quieto. Um bom tempo. Não ouvíamos nada. Só o barulho dos remos. De vez em quando passava um barco, um jetski, um boi mugia. Nada de equipes. Nenhum caiaque sequer! Estamos sós no mundo. Todos nos esqueceram..
De repente, Igor fala baixinho... Estou vendo uma estrada... ela é alta.... é a ponte. A PONTE!!!! A PONTE!!!!
A gente começou a gritar feito náufragos quando avistam a praia. Que alegria!! Quase duas horas remando com o sol quente na moleira, água de beber mais quente ainda e praticamente sem comida!! Foi lindo!
Cadê o PC 21? Onde estará o apoio? O que foi feito das nossas bikes?
????????????
OK. Entendido. Escapamos do primeiro corte, mas tivemos que engolir o segundo!! Mais dois quilômetros de remo até a chegada...
Chegamos, estacionamos o caiaque e corremos pro abraço. Marcinha nos recpcionou, deu os parabéns e trouxe os troféus. Parabéns, vcs ficaram em segundo lugar!!!!Igor e eu nos abraçamos e comemoramos muito!!!
Mas então, curiosa como sou, quis saber pra quem tínhamos perdido. Marcinha começou a explicar sobre os cortes, como funciona, etc, etc....
- Péra aí!!! Um momento!!! Vocês NÂO tomaram o primeiro corte!!! Devolve aqui esses troféus... Ela foi lá, conferiu suas anotações e voltou.
- Desculpa, gente! Vocês ganharam! O primeiro lugar é de vocês!! E é bem merecido! Podem se abraçar de novo!!
Aí comemoramos muito de novo!!! Inesquecível!
Bom gente, essa foi a nossa prova.
O que todo mundo também já sabe é que Igor e eu corremos duas provas de aventura em paralelo. Quando desencontramos do apoio, ficamos sem dinheiro, sem chave do carro, sem celular e sem roupa pra trocar. Paulinho, Marcinha, a turma dos gêmeos e Arnaldo, nos ajudaram como puderam. Até o dono do bar do PC da chegada deu uma forcinha.
A nossa volta para casa merecia um release à parte. No final, tudo se resolveu bem e chegamos em casa sãos e salvos.
Eu sempre aprendo muito nessas corridas de aventura.
Aprendi que tudo, tudo tem solução. Aprendi que mantendo o bom humor, a cabeça fria e vontade de se divertir acima de tudo, a gente consegue superar qualquer obstáculo!

Aventureiros do Agreste: Desistir - nunca. Divertir-se sempre!

Igor, foi muito bom correr com você. Nos entrosamos muito bem e vc é um navegador nato e um remador nato também! Você ´lema´ como ninguém!!!

Adorei e já quero saber quando é a próxima!!

Bom feriado para todos!

Carrasco Fast - 09 e 10 de outubro - Feira de Santana.

Aconteceu nos dias 09 e 10 de outubro em Feira de Santana a CARRASCO FAST. Fou uma prova de 100km que serviu como prévia para a CARRASCO - O BRASILEIRÃO, prova de 236km que vai ocorrer de 26 a 28 de novembro. A prova foi muito dura para as equipes, com muita tiririca no meio do caminho. O destaque da prova foi o mapa confeccionado em um material especial que não rasga e nem amassa. A Aventureiros do Agreste foi representada no quarteto por Gabi, Luciana, Mauro e Scavuzzi e por  Igor e Lucy na dupla. O quarteto desta vez não conseguiu repetir o feito das provas anteriores, mas estão de parabéns. A dupla Lucy e Igor conquistaram o primeiro lugar na categoria aventure-se, uma prova mais curta de 55km e levaram o nome da Aventureiros para o lugar mais alto do pódium. Todos estão de parabéns!


Quarteto ( Divulgado hoje até a 5ª posição)


1° - Gantuá
2° - Insanos
3º - Giramundo
4º - Rasodacata
5º - Extreme


Dupla:

1º - Calangos
2º - Karrancas
3º - Atlas Brasil Mad Dog


AVENTURE-SE

Quarteto

Makaíra 2

Dupla

Aventureiros do Agreste 2

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Release Desafio dos Sertões 13 a 15/08 134km - Por Luciana Freitas

Só pra começar a conversa, não treinamos quase nada para essa corrida! Tivemos prioridades fora da Corrida de Aventura que não nos permitiram tanta dedicação. Nunca fui tão desorganizada em minha vida! Não arrumei nada com antecedência, não fiz sanduíches gostosos, levei um monte de comida que não gosto, enfim relaxei total! Até mais do que deveria!


Na quinta feira pela manhã começou a correria! Mauro ligou pra avisar que Scavuzzi não correria por problemas pessoais importantes, mas que daria todo o suporte necessário ao atleta que o substituísse. O desfalque nos desnorteou! Ficamos ligando pra Deus e o mundo procurando atleta. Já passava da hora de partir e ainda não tínhamos ninguém! A nossa esperança era Fred querer ir, mesmo sem treinar absolutamente nada, exceto Surf. Dentre outros duzentos compromissos listados, ele tinha o aniversário da fofozinha(diminutivo do diminutivo de vovó) no domingo, e negou veementemente o nosso convite. Já quase sem esperança, Fábio resolveu dar a última cartada com um telefonema que dizia assim: “ Velho! É o seguinte: se arrume que a gente vai passar aí em 40minutos!” Pronto! Fred viajou com a gente.

Equipe: Fábio, Fred, Mauro e Luluzinha que vos escreve.

Acabamos pegando a estrada bem mais tarde do que o previsto e chegamos à noite em Juazeiro. Fomos direto para o checkin. Depois de um jantar com musica ao vivo, nos dirigimos à Mansão de Walter Guerra. Dormimos na suíte Presidencial, na companhia de Artur, rezando pra ele não acordar no meio da noite, já que Waltinho nos deixou com ele de propósito. Estava sem babá! RS!

Só pra fechar esse blá, blá, blá, não deu tempo de fazer nada, dormimos tarde e acordamos cedo, como em todas as provas. E, pra variar, a bicicleta de Mauro veio da revisão com um pneu furado. Coisas de Mauroba!

Briefing e largada na Ilha do Fogo. Corremos uns 3km até o PC1. Natação de 2.4km pelo rio São Francisco. Fred me rebocava, Fábio tirou de letra e Mauro ficava lááá atrás intrigado porque eu tava nadando mais rápido do que ele, já que a sua referência do pior sou eu. RS! Mas chegamos! Chegamos para remar os 12km. Eu e Fábio pegamos os barcos. Mauro e Fred fizeram o rappel, descendo dentro do barco. Daí começou o sofrimento das equipes ultrapassando a gente... Eu e Fábio não estávamos remando muito bem! Nunca remamos juntos antes. Na Ilha do Maroto, no PC4, resolvemos fazer uma troca de duplas. Ficou melhor! Mais igual! Pelo menos conseguimos remar perto um do outro. As ilhas dentro do rio São Francisco têm praia com pedras e areia! Lindas de tanto verde!

De lá, remamos para o PC5 por mais 4km, onde vimos que estávamos em 10º lugar. Saímos então num revezamento de trekking com corrida pra tentar tirar o atraso do remo em relação às outras equipes. No começo era um estradão, corremos até a nossa referência, que era o pico onde estava o PC6, e entramos rasgando mato até a subida. Depois seguimos para o PC7 sem erros, exceto por entrar antes do canal. E foi aí que começou a estória de pular cerca! Quanta cerca a gente pulou! E lá em Juazeiro a cerca é daquelas com 7 fios de arame farpado que até a alma da pessoa tem medo de atravessar. Então pulamos a cerca! Fred já estava planejando como ia atravessar a gente pro outro lado do canal, queria pegar corda, elastic e todos os apetrechos para a gente não ter que voltar. Mas, graças ao meu bom Deus, tinha uma ponte estreitinha que nos levava até o outro lado e o PC foi encontrado num esconderijo secreto.

Depois de muito pular cerca e cortar caminho, terminamos o nosso trekking de 16 km no PC8 em Campo dos Cavalos, onde estavam as bicicletas. Lá estavam Extreme, Gantuá, Insanos, Ospato e outras equipes. Ali percebemos que não estávamos tão ruins assim.

Resolvemos pegar o PC11 pelos 17km de asfalto. E foi ali que meu treino fez falta! Minhas perninhas magricelas não acompanhavam o ritmo, toda hora eu tinha que pedir pra galera diminuir. Fábio puxava o ritmo, Mauro acompanhava e Fred me ajudava com uns empurrões. Já o trecho até Favela foi mais tranqüilo, fora o episódio que vou lhes contar...

Por tratar-se de uma biografia não autorizada, terei que mudar o nome dos personagens para evitar exposições. Inclusive, fui ameaçada de ser eliminada no local onde os fatos aconteceram. RS! E fiquei com muuuito medo!

Estávamos pedalando tranquilamente pela linda floresta de cactus, subindo uma ladeira com uma areia bem fofinha quando de repente ouvimos um grito: “Vou quebrar! Vou quebrar! Vou quebrar!” Pensei que uma bicicleta estava sendo quebrada, mas quando olhei para trás, Freddiosvaldo UgaUga caía preso à bicicleta aos berros com as pernas travadas. Foi trágico! Mauronildo Pernalonga Cuca Fresca tentava acudir. Freddiosvaldo xingava até a nossa última geração porque metemos ele naquela corrida, que ele não tinha treinado, que Fabiolindo Fofinho Boagente não deveria ter esquecido as fórmulas anti-cãimbra. E enquanto Freddiosvaldo gritava, Fábiolindo dizia para Mauronildo mexer na perna de câimbra, alegando não saber fazer essas coisas. Mauronildo, por sua vez, tirava o seu da reta, evitando constrangimento. Chegou a massagear o local sem sucesso. Tentamos dar um gatorade ao rapaz furioso, porém ele só queria ficar sozinho, RS! Mas como era possível?! Enfim, eu resolvi partir pra grosseria! Peguei na perna de Uga Uga e orei fervorosamente: “ Pé de pato! Xocotô! Mangalô três vezes! Sai câimbra que este corpo não te pertence!” E foi daí que as coisas começaram a melhorar! Como um milagre, Freddiosvaldo levantou e começou a andar devagar. Depois começou a pedalar, nunca mais teve câimbra e foi feliz para sempre!

Deixamos as nossas bicicletas em Favela e partimos para outra perna de 20km de trekking. Dessa vez na companhia da dupla juazeirense, Carranca. Os meninos pensaram em desistir, mas foram convencidos a se juntarem a nós para terminarem a prova. Estavam em segunda posição, não podiam nem pensar em parar! Éramos seis! Fizemos um trekking bem bacana até PC11. Nos batemos um pouquinho pra achar, chegamos a parar para um piquenique, depois atacamos o PC e fomos embora. Dali era só azimutar e lascar “in banda” pelos espinhos do sertão. Mauro ainda me inventou de mandar a gente seguir a estrela Dalva. Eu conferia o azimute e os meninos viam se a estrela estava na frente. E fomos andando saltitantes até o PC12...

No 13 pegamos as bikes novamente! O porta-mapas de Mauro quebrou e tive que navegar sozinha! Minha iluminação estava um cocô e, só pra variar, me bati pra enxergar o começo da trilha! Seguimos então pelo caminho das pedras e areias e o dia resolveu amanhecer. Ufa! Eu tive que contar com a ajuda de Fábio para enxergar. Fui super lenta na bicicleta e dei mil e duzentas desculpas. Do PC13 ao 14, foram 22km. O ritmo do pedal melhorou e a dupla ficou pra trás. Quando percebemos, paramos no asfalto pra esperar, dormir e fazer outro piquenique até eles chegarem. O GPS track está de prova! Não deu pra esperar tanto e fomos embora.

O PC15 ficava na beira do rio. As bicicletas ficaram, tomamos um café na casinha ao lado e entramos na água gelada para a natação de 3,6km até a Ilha do Rodeadouro. Fred já entrou batendo os dentes. Eu, Fábio e Mauro parecíamos melhores! Comecei a tremer com 5minutos de natação. Os meus dentes pareciam que iam quebrar e a minha musculatura do pescoço ficou com câimbra. Enquanto me tremia, Fábio curtia a natação e explicava a Fred que ele estava muito magro e, por isso, sentia frio. “Meus pneus estão me ajudando!” –dizia Fábio.

Perto da Ilha tinha uma correnteza que parecia não deixar a gente passar. Eu não agüentava mais tremer, já batia o desespero. A cena foi terrível! Alcançamos uma pedra, onde não conseguia ficar de pé, de tanto tremer. Fred tentava me acalmar e pedia que eu deitasse na pedra quente. Que sufoco! O céu começou a girar, pensei que ia desmaiar, queria sair dali depressa! Só pensava em chegar alguma equipe por causa da minha tremedeira. Levantei num salto pra atravessar o resto de água que faltava até a praia. Àquela altura, os outros já tinham chegado à beira, nos encontramos e festejamos a minha recuperação.

Pensamos em comer na Ilha, mas ninguém tinha dinheiro. Pedi um café numa barraca que me deixou zerada. De lá, fizemos o trecho de remo de 12km até a cidade e depois andamos 1,5 para a chegada em quarta posição na prova.

Bom! A prova foi maravilhosa! Achamos o resultado super merecido! As outras equipes fizeram um ótimo trabalho! Nós nos dedicamos dentro do possível e sabemos que tiramos forças de onde não tínhamos para fazer o melhor!

Beijos! Luciana do Agreste!

Aventureiros fica em 4º lugar no Desafio dos Sertões.

Depois de muito sufoco e algumas horas de prova, a Aventureiros cruzou a linha de chegada em 4º lugar. Foi um resultado bom, tendo em vista a pouca preparação para esta prova. Houve também uma substituição em cima da hora. Fernando Scavuzzi, que por problemas particulares não pode correr, foi substituído por Fred Dortas. PARABÉNS AOS AVENTUREIROS!!!

Classificação

Quartetos


1 - Millennium Daventura Makaíra
2 - Extreme/Datageo/EcoFitness
3 - Gantuá Millennium
4 - Aventureiros do Agreste
5 - Atlas Brasil H2O

Duplas

1 - Oskaba
2 - Carranca
3 - Atlas Brasil Mad Dog
4 - Insanos Cavalo do Sertão

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Desafio dos Sertões 130km - 13 a 15/08/2010

A Aventureiros do Agreste está pronta para mais um desafio. Hoje a equipe parte para Juazeiro, onde ocorre a 3ª etapa do Campeonato Baiano. As equipe recebem os mapas às 19h e se preparam para a largada amanhã às 09h. Torcemos pelos Aventureiros Mauro, Luciana, Scavuzzi e Fábio que representarão a nossa equipe neste evento. SUCESSO!!!

Distâncias aproximadas:


- Mountain bike: 59 km em duas pernas
- Trekking: 40 km em quarto pernas
- Canoagem: 25 km em duas pernas
- Natação: 6 km em duas pernas (a favor da correnteza)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Capacete evita 85% das lesões na bicicleta.

23 de julho de 2010 0h44 Tweet este Post
Categoria: Geral, Saúde

Felipe Oda

Cair da bicicleta é normal na infância, quando o equilíbrio ainda não está plenamente desenvolvido. Errado, dizem os especialistas, é ignorar as medidas de proteção que podem evitar que o tombo tenha consequências mais sérias que um simples galo ou esfolado. As quedas representam a principal causa de fratura facial em crianças e jovens menores de 18 anos, de acordo com uma pesquisa que acaba de ser concluída pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O estudo, promovido pela Faculdade de Odontologia da Unicamp (câmpus Piracicaba) durou dez anos. Os especialistas acompanharam 757 pacientes e notaram que, nos casos de fratura facial, 98% das crianças não usavam acessórios de segurança, como o capacete. Meninos representam 70% dos casos. O tombo de Raphael de Souza Abreu Lima, 12 anos, combina com essa estatística. Como lembrança do dia da queda, ocorrida dentro do condomínio onde mora, guarda uma cicatriz na testa.


“Ele estava correndo, sem capacete, caiu e bateu a testa na quina da parede. Tive que levá-lo ao hospital porque foi bem feio”, conta a mãe do garoto, a promotora Ana Carolina de Souza, 35. Mesmo depois do acidente, mãe e filho admitem que os itens de segurança não são utilizados. “Como ele anda bem (de bicicleta), não me preocupei. Já é mais crescido, não usa por vergonha”, justifica Ana. “Não gosto de usar. Eles me atrapalham”, completa Raphael. Do estudo, os pesquisadores destacam ainda a posição do Brasil como o país com a maior incidência de traumas maxilofaciais. “A literatura médica prevê algo entre 1% e 14% na faixa etária estudada. Mas, no País, a pesquisa indicou a incidência de 30% de fraturas na mandíbula das nossas crianças”, afirma o autor do estudo da Unicamp, o cirurgião dentista José Luis Muñante–Cárdenas. Segundo ele, o osso facial mais afetado pelas ocorrências ciclísticas é a mandíbula. “Provavelmente pela exposição do osso”, diz.
A coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françóia, estima que 85% dos traumatismos faciais poderiam ser evitados com o capacete. Para ela, o uso dos equipamentos de segurança deveria ser obrigatório em todos os passeios, até no quintal de casa. “O objetivo é proteger a criança. Então, o uso é fundamental. Os pais devem falar dos benefícios e não associar os equipamentos ao perigo”, diz.





A queda de Beatriz Duarte de Oliveira, 8 anos, não convenceu a dona de casa Lailce Garcia Duarte Oliveira, de 49, a adotar o capacete como obrigatório. “Quando ela caiu, até pensei em colocar o capacete, mas desisti. Ela só brinca na quadra do condomínio e comigo olhando”, justifica Lailce. Mais que cortes superficiais e susto, as quedas podem provocar danos permanentes. No caso das lesões faciais, o cirurgião plástico Dov Charles Goldenberg, especialista em cirurgias do crânio e da face do Hospital Israelita Albert Einstein e do Hospital das Clínicas, destaca as seguintes sequelas: alteração do crescimento, perda de sensibilidade, mobilidade comprometida e complicações estéticas. “Tudo dependerá do grau de complexidade da lesão”, diz. Para o dentista Waldyr Antônio Jorge, especializado em cirurgia bucomaxilofacial pela Universidade de São Paulo (USP), um trauma na face de crianças e adolescentes costuma ser mais severo que em adultos. “Embora tenham uma reparação mais rápida, a criança e o jovem estão em desenvolvimento ósseo e são mais frágeis que adultos”, garante.




Fonte: http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/capacete-evita-85-das-lesoes-na-bicicleta/

domingo, 30 de maio de 2010

Aventureiros do Agreste completam a Running Daventura Cross-country 2010.

Todos os atletas da Aventureiros que correram esta prova, completaram os 14km do percurso sem maiores dificuldades. Este tipo de prova serve como treino para o esporte principal da equipe, a Corrida de Aventura. Parabéns Aventureiros!















Aventureiros do Agreste e os atletas da Atlas Brasil.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Aventureiros no cross-country Running Daventura 2010.

Os Aventureiros do Agreste estarão presentes na Running Daventura Cross-Country, corrida que acontecerá na Ilha de Itaparica dia 29/05/10. A equipe será formada por 7 atletas que farão o percurso (solo) PRO com 14km. Sucesso aos Aventureiros!!!

Equipe Aventureiros do Agreste na Running Daventura Cross-country 2010 - Itaparica - Ba

Mauro Abram
Gabriela Carvalho
Luciana Leal
Márcio Neri
Fernando Tadeu
Igor Almeida
Lucy Jesus

Release Explorer 22 e 23/05/10 - Sítio do Conde 78km - Por Luciana Leal

Por Luciana Leal

Sítio do Conde 78km, 22 de maio de 2010
Quarteto- Fábio, Márcio, Marcelo e Luciana

Começaremos pelo treino do final de semana antes da prova. Não sei o que seria de nós se Fábio não estivesse há 6 meses sem treinar!! Trilha de bike de 40km: Beleza, quase vomitei! Corrida de 5km: Mole! Mole! Xuxu e Marcelo quase vomitaram! Remo na rua K: “Ah gente.. não vamos não!! Que tal uma reunião aqui mesmo no River Side!?” E lá ficamos conversando. .. rs! Quase treinamos remo!
Pior foi resolver quem navegaria! Fábio caiu fora logo de cara! Teve votação, par ou impar, cara ou coroa!! Brincadeiras à parte, ninguém queria tomar a responsa pra si. Então eu bati o martelo: “todos três navegam, combinado?!” Pedimos 3 mapas.
Fizemos tudo com bastante antecedência, chegamos cedo, planejamos a navegação, jantamos e esperamos a largada sem stresse, exceto pela pessoa que vos escreve é claro! Mas eu disfarço bem! Tava com fome de prova! Sem correr com a Aventureiros desde o ano passado.. numa saudade danada! Sem contar com a responsabilidade de manter o belo desempenho obtido nas últimas provas! Passei a semana inteira sonhando que estava correndo.. “Que loucura!”
Ah! Combinei com Zé(meu anjo da guarda) que subiria no podium nessa prova. Sério!!
Largada, 21h, um, dois, três e já! O bolo de sempre, 16,3km de trekking/corrida. Correndo.. “Eu adoro largar correndo! Eu adoro Corrida de Aventura!”
Vamos lá! Saímos num ritmo confortável.. checando se tava tudo bem.. Corremos os 800m até a entrada da trilha e mato pra dentro! Começamos molhando o pé, alias molhando até o pescoço.. A trilha até o PC1 era toda dentro do charco, cercada por junco. Levei uns rapazes altos pra não precisar nadar, fui rebocada por Fábio na fila de atletas que se formou de um lado ao outro daquela escuridão.
Do PC1 para o 2, fizemos a opção de verificar se dava pra cortar caminho pelo charco. Não dava! Perdemos uns 15minutos e também perdemos todo mundo de vista. Sozinhos, o mínimo que poderíamos fazer era correr até botar os bofes pra fora pra reverter a situação. Foram mais de 15km correndo, PC2, PC3, sem erros. O erro só foi levar a minha lanterna quebrada que apontava a luz pro meu olho. Quebrei a unha do dedão numa topada. Entre os últimos na transição da bike, fomos rápidos, dinâmicos e objetivos!
“Galera!! Agora vamos pedalar porque a gente tem um monte de equipe pegar, uma por uma!” E foi assim que aconteceu nos 38km de mountain bike. Saímos aquecendo dentro da cidade, navegando direitinho(sair de cidade é uma merda mesmo!), passamos a ponte e trilha pra dentro! Era charco, lama, areia, porteira, cavalo, vaca, ladeira, vamos nessa! De vez em quando apareciam umas luzes de equipes saindo dos matos laterais, O PC4 tava numa subidinha no meio da trilha, embaixo de um coqueiro.
No caminho do PC5, empaquei! Pedalamos na trilha no maior pique! Não perdoando vala, descida, nem ninguém! “Acho que fiquei um pouco mais corajosa depois do ECOMOTION” “Não há corrida que não seja uma lição!”. Tínhamos combinado de fazer apenas 2km pelo asfalto e seguir o caminho de trilha com menos ladeira. Só que eu e Fábio-brocador em alta e abridor de porteiras!- passamos do ponto e subimos a ladeira virados na zorra. Xuxu e Marcelo pararam e ficaram gritando pra gente voltar. Eles diziam: “Lu, a gente combinou de ir por aqui!”. E eu dizia que não queria descer e preferia mudar de caminho! Bom!...não demoraram a me convencer, mas, até agora não sei o que deu em mim que não queria voltar de jeito nenhum. Doida!
Encontramos Gilson e Marcelo nesse trecho, em muito outros. O mapa estava muito bom! As medidas batiam direitinho! Beleza! Seguimos para o PC6, onde rolou uma rápida dificuldade na navegação. A trilha parecia ter sumido, pegamos um caminho errado, perdemos um pouco de tempo, equipes foram chegando. Mas conseguimos sair sem levar carneiros.
Tirando os detalhes de navegação que lhe fazem reduzir o ritmo, e que você faz de conta que tem que navegar, e descansa, a coisa foi toda em alta! Entre o 6 e o 7, tinha um trecho de Linha Verde de 1,6km. Fizemos uma fila para aproveitar o vácuo. Fábio desenvolveu uma velocidade tão alta que não deu tempo de avisar que a trilha tinha chegado. Xuxu gritava tanto que fazia eco. Ficamos parados na beira da trilha, vendo aquela luz diminuindo de tamanho, entrando na curva, e... ôpa! Pareceu que ele parou! O farol de virou pra nós! Demorou um pouquinho. E o engraçado é que o dito cujo é tão pilhado que chegou tão rápido quanto foi. Pedala, pedala, passa rio, passa porteira, passa boi passa boiada! Chegamos no PC7. Olha gente! A organização tá de parabéns mesmo! Tudo certinho, tinha água mineral nos PCs, os meninos(gêmeos) se revezaram nos pontos, Diana, Yeddinha, foi tudo ótimo!
Bom! Se a corrida já estava emocionante, a coisa ficou alucinante a partir do PC7. Muitas equipes já tinham ficado pra trás. Uma equipe chegou perguntando por nós! A MassaioQ(de Alagoas) tava em nossa cola. Dalí, pedalamos sem nenhuma noção de perigo! Foi difícil acompanhar! Down Hill louco! Marcando distância... opa! Passamos uma entrada e a medida era ali! Pedalamos 400m, Marcelo e Xuxu(Azimute é com ele mesmo!) conferiram que o azimute mudou! Fábio cheirou o ar e disse todo entendido: “o mar está do lado direito”. Vamos voltar!! Maaassss! A MassaioQ estava pertinho da trilha e acabou nos alcançando. Sem parar de lutar, chegamos até o PC8 na frente, já em segunda posição! Precisamos fazer mais transições como as dessa prova! Deve ter demorado 1 minuto. Marcelo bateu o azimute e apontou pro outro lado!! Estávamos azuados! Rimos depois! E é por isso que se erra na navegação!! Xuxu gritou: “Não é pra lá, não!” Partimos para um trekking em alta! O dia estava ensaiando clarear, apagamos os faróis para despistar a galera que estava na nossa cola! Começamos a andar muito rápido pelo coqueiral, encontramos a trilha batida, corremos. Fábio foi me falar que, se a Equipe de Alagoas ficasse em segundo, a gente ficaria em segundo no Campeonato Bahiano, mas eles ficariam com troféu de segundo nessa prova... huuumm... Virei um bicho! “Galera!! Eu vim aqui pra pegar podium e não vou aceitar perder essa posição.” “Zé!!!! Isso não vai acontecer!!” Pensem numa louca, desvairada!! Pensaram pouco! Eu corria e dizia: “Meninos! Eu sou a mulher da equipe!! Vocês têm que andar mais rápido do que eu!” Foram 6km de trekking tagarelando o tempo todo, correndo. Os quatro pilhados! Todos juntos!
Na natação, o único que parou pra pensar foi Marcelo.. a gente chegou, entrou na água e foi embora nossa viagem! Marcelo não demorou a encostar(nada bem, o miserável!-“do verbo nadar mesmo, viu?!”) e chegamos todos juntos do outro lado. Eu fui segurando no pé de Xuxu! Foram 300m de natação com a correnteza do rio de Siribinha puxando pra o mar. Mas deu tudo certo! Quando saímos da água, a outra equipe estava chegando do outro lado da margem. Mais 2km correndo até o trecho de remo, PC10. Faltava pouco para a prova acabar, mas as coisas poderiam mudar se não fôssemos rápidos!
Ufa! PC10! Não tem nenhuma equipe se aproximando! Putz! Tem que carregar caiaque até ao rio! Que chato! O peso fica maior depois de quase 10 horas de prova! Lá fomos nós! Carreguei com Fábio, pedindo PPU(quem pediu fui eu), de vez em quando, mudando de mão, mas agüentando o tranco. Márcio e Marcelo trouxeram logo o outro, entramos na água e.. caiaque furado! Volta rápido! Pega outro caiaque! Perdemos uns minutos nessa confusão.
Saímos para o remo de 8,5km. Achamos que a correnteza ajudou.. remamos o mais forte que pudemos, pegamos o PC11 e, na volta, cruzamos com a MassaioQ, indo. Em seguida... vem a Extreme parecendo uma lancha, fazendo ondinha, marola, atrapalhando a gente. Mas eles também ainda estavam indo para o 11. Olha! Xuxu disse que foi ali que eu botei a faca nos dentes! E foi! Perguntei quanto tempo, aproximadamente, a gente tinha de distância e remei como nunca fiz em minha vida. Os três?! Nem precisa falar! Foi um remo de tiro! Lembrava de Naru, que me ensinou a fazer tiro de remo lá na Pituba, antes do Ecomotion(quanta coisa boa esse Ecomotion me trouxe!).
Paramos no PC12, já sabendo o que fazer e pra onde correr. Eu falava pelos cotovelos! Parecia que tinha engolido uma vitrola! E corria feito louca! “Galera!! A gente vai ter que correr! Só faltam 7km!”
Comecei a azuar os meninos! Não sei como me agüentaram! Deve ter sido um saco me ouvir falando o tempo todo. Pareciam sempre calmos. Fábio chegou a pedir pra eu diminuir, dizendo que Xuxu poderia desmaiar!! Eu não conseguia imaginar que Xuxu poderia desmaiar, ele não tava com cara de quem ia desmaiar!! Pedia desculpas e tocava a falar de novo! Marcelo, de vez em quando, olhava pra trás pra ver se vinha alguma equipe. O estradão era longo, o sol estava de lascar, a água já acabava, a comida também, parecia que não chegava nunca! Corríamos no plano e nas descidas, e andávamos rápido nas subidinhas. E ainda encontramos uma mangueira, jorrando água na entrada de Sítio do Conde. Tomamos um banho e continuamos a nossa caminhada triunfal até o Pórtico de chegada, onde caímos por lá mesmo de êxtase de cansaço e felicidade!
Muito legal estar de volta! Foi uma prova suada, no sentido literal da palavra!
Meninos! Xuxu, Marcelo e Fábio! Calmíssimos, tranquilésimos! Foi um maravilha correr com vocês! Que prova! Foi muito bom! A equipe foi super tranqüila, fizemos o nosso trabalho direitinho!
Nossa vitória é dedicada aos nossos mais de 20 Aventureiros que ficam ligados na prova, ansiosos, torcendo para que tudo dê sempre certo! O Podium é nosso!

Até a próxima!

Luciana Penélope Aventureiros do Agreste

Release Explorer 22 e 23/05/10 - Sítio do Conde 78km - Por Fábio Neri.

Por Fábio Neri

Equipe formada, ninguém totalmente treinado, mas com muita vontade de um resultado expressivo.

Batemos o PC1 depois de passar em fila indiana, com várias equipes, por um "pântano" com água no pescoço! Isso pra mim não tem preço, o resto vc paga com MasterCard. rs
Tentamos dar o "pulo do gato" logo no começo, mas ao chegar no local vimos que era praticamente impossível passar e resolvemos voltar e seguir o caminho mais certo. Nisso passamos pra último. Aí nossa incansável e falante ( como é que essa mulher consegue fazer tanto esforço e falar ao mesmo tempo?! ) capitã, nos ordenou que fôssemos pegar as equipes uma a uma, e recuperar o tempo perdido.
14 km correndo, e conseguimos pegar algumas equipes. Transição corrida/bike, enche os camels, coloca sapatilha, comida na mão, partimos socando na bike.
Pc sei lá qual, igreja, ouço uma voz com sotaque pernambucano perguntando pro PC, assim que saímos, se era a Aventureiros. Iiiiiii, equipe na nossa cola, disputando posição, me deixou mais pilhado ainda. Resultado, bike mais forte do que estava, todo mundo aguentando sem desmaiar, estava ótimo!!!
Mas não era que os pernambucanos pedalavam muito bem. Depois de uma sessão desgastante de montanha russa, paramos um minuto pra navegar e os bichos chegaram! E o pior, viram a gente entrar no local que muitos só acharam depois. E pra nossa surpresa e empolgação, ao chegar no PC, só vimos 6 bikes ( quarteto Makaira e dupla Gantuá ).......Aventureiro s em 2º lugar !!!!
Partimos loucamente pro trekking, ritmo muito forte, areia, areia e muita areia....... e o capitão pernambucano só gritava com a equipe pra tentar acompanhar a gente....... em vão, matamos a 1ª equipe !!!
Travessia de rio com correnteza, difícil , mas deu pra refrescar. Partimos pra mais um trekking/corrida de 2km ( acho eu ) pra pegar os caiaques. Desgaste pra carregar os caiaques e Marcelo descobre a tempo que um estava furado. Vamos lá trocar o caiaque.
Remamos bem até o PC, mas ao voltar, já com uns 20 minutos de vantagem nos deparamos com os pernambucanos e com uma lanchinha chamada Extreme ( parecia que os caras tinham motor de polpa ). PQP, FÚ ..... agora vai todo mundo direto pro hospital depois da chegada, pois não vamos perder esse 2º lugar depois de muita luta ( pensei ).
Remamos, remamos, remamos..... .e fomos pra etapa final . E que etapa! Estresse físico ( só Lú parecia inteirassa : querendo correr como se fosse o inicio de uma prova, falante e saltitante ainda. Como consegue !!??? ) , além do estresse psicológico, pois sabíamos que a Extreme vinha virada na porra pra engolir a gente.
Que tensão, que loucura, que pórtico longe, que tempo interminável. .....Mas como falei no começo, isso não tem preço! Viver uma aventura dessa e acabar com uma sensação de vitória, isso é impagável !!! Ah, já ia esquecendo, matamos a 2ª equipe, a Extreme.
Lú, Márcio e Marcelo : foi um enorme prazer correr com pessoas do bem, com 3 excelentes navegadores e amantes da corrida de aventura. Todos deram o máximo de si, pra essa conquista fantástica que vai ficar gravada pra sempre na cabeça de nós quatro.

Aventureiros : nós temos uma equipe de ponta! Os resultados estão aí pra provar.

Abs,

Fábio Neri

Aventureiros do Agreste sobem no pódium mais uma vez.

A Aventureiros conquistou o 2º lugar na Explorer, prova válida pela segunda etapa do Campeonato Baiano de Corrida de Aventura. A prova também somou pontos para o RBCA (Ranking Brasileiro de Corrida de Aventura). A prova ocorreu nos dias 22 e 23 de maio e teve um percurso de 78km. Após ter batido o 2º e o 3º PC em 13º lugar, a Aventureiros se recuperou e conquistou a 2ª colocação de forma brilhante. "Nossa equipe tem uma qualidade especial, o companherismo", declarou Marcelo Azoubel após a prova. Parabéns Aventureiros! Vamos continuar neste ritmo para as próximas provas.


Resultado Explorer 22 e 23/05/10 - Sítio do Conde

Quarteto


1° Millennium Daventura Makaira
2° Aventureiros do Agreste










3° Extreme
4° Massaio-Q
5° Insanos Millennium Adventure
6° Giramundo
7° Raso da Cata


Dupla

1° Gantuá Millennium Tia Sônia
2° Maré Alta
3° Calangos
4° Oskaba
5° Sparta
6° Atas Brasil Mad Dog
7° Millennium Daventura Makaira 02
8° R2 / Companheiros
9° Ecotrip
10° Ecotrip 02
11° R2 / Companheiros 02

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Aventureiros do Agreste pronta para a Explorer - 22 e 23/05/2010 78km

Após 2 corridas seguidas sentindo o gosto do pódium (2º e 3º lugar), a Aventureiros se prepara para mais um desafio. Nesta prova a equipe será representada por Luciana Leal, Márcio Neri, Fábio Neri e Marcelo Azoubel. A prova será realizada na localidade de Sítio do Conde e contará como a 2ª etapa do Campeonato Baiano. Desejamos sucessos aos Aventureiros. Que venha mais um pódium!!!

domingo, 2 de maio de 2010

Release Running Daventura 180km 23 a 25/04/2010 - Por Marcelo Azoubel

Gostaria de começar esse release um pouco diferente…


Em primeira mão agradecendo a várias pessoas:

A minha esposa que me dá força em tudo que faço, sempre pensando em meu bem estar, na minha satisfação e tudo isso por um motivo muito forte: Amor;

A Edson, Navarro, Marcio pela dedicação, carinho, incentivo e preocupação constante pelo nosso bem estar durante a prova. Até penny com atum foi feito para nossa alimentação... pena que já tínhamos jantado;

A Luciana, Gabi, Carol(Claudio) , Edson, Carol(Marcelo) pela ajuda importantíssima na largada. Tenho certeza que fomos uma das poucas equipes que saíram tão bem organizadas como a nossa e isso so foi possível com a presença dessas meninas

Aos Aventureiros (Tadeu, Saroca, Emanuel, Ítalo, ...) que ficaram na retaguarda torcendo e ávidos por notícias.

A Marcia que nos deu o prazer da sua presença na equipe e seu perfil se enquadrou muito com o da nossa equipe.

Em segundo lugar, gostaria de destacar o que foi importante para o sucesso dessa prova: A união, a simplicidade, a humildade o companheirismo. O que diferencia nossa equipe e faz com que os resultados positivos apareçam.
Para quem não soube, tivemos dificuldades com o nosso apoio. O veículo de Edson deu problema e não podia mais continuar na prova, Navarro pegou todo o equipamento e colocou no carro de Gilson (Calangos) que se prontificou a dar suporte. Não sei os mínimos detalhes, mas quando chegamos no PC3 sem corte, soubemos do contato feito por Carol que ligou para Luciana que falou para Marcio, que pegou o carro e foi para o apoio com Navarro e Edson... pode ser até que tenha, mas qual a equipe que tem umas 6 pessoas TRABALHANDO na largada para suportar os competidores, pessoas disponíveis A QUALQUER HORA a ponto de se desbandeirar para passar a noite acordada fazendo apoio e uma outra quantidade fazendo pensamento positivo, orando para que tudo corresse bem e que o bom resultado aparecesse?? ??? Pediria que todos nós fizéssemos uma reflexão sobre esse assunto. Lógico que treinamento é super importante, mas o ambiente agradável é tão importante quanto o treinamento. .. temos que sempre ter atenção em mantermos os dois equilibrados na nossa equipe.

FOI ESSE AMBIENTE QUE NOS GARANTIU UMA BOA COLOCAÇÃO NESSA PROVA!!!!

O release...

Os preparativos
Faltavam aproximadamente 3 semanas quem vai ser a equipe????? Meu Deus que loucura, quem vai ser a equipe????? O telefone tocou, fui atender e já disse: “Fala Primo!!!!” E aí ele começou com o papo da corrida... Quanto mais ele falava, mais frio me dava na espinha (Putz!!! 36 Km de remo???) A maior corrida que tinha participado (33h) tinha sido uma naquela mesma região onde capotei com a bike, fiz um furo na perna, não tratamos direito e a ferida chegou a necrosar... E agora ia para a mesma região para fazer uma corrida similar... E quem mais seriam os loucos, ops!!! Os outros dois participantes? O terceiro homem, Claudio. E a mulher?? Gabi, Lu, Saroca, Lucy????? Cadê as mulheres dessa equipe?????? ? Tivemos que contratar uma de fora (Marcia, esposa de Paulo) que fez tão bonito quanto uma de vcs.
A ansiedade bateu forte, não sabia se tinha feito a escolha correta em correr esta prova e para completar a minha dúvida, Claudio também estava em dúvida e me ligava quase todos os dias...”E aí, vc vai correr mesmo?” Ele me perguntava.. . Esse papo so terminou uma semana antes da corrida quando eu falei “Claudio, agora já era meu irmão! Vamos correr sim” Quarteto formado: Mauroba, Claudio, Marcia e Marcelo (O Gordinho)...
Há!! Em falar de gordinho, vou confessar uma coisa para vcs! É massa quando eu chego nas corridas de aventura e vejo aquela galera toda sarada tirando a maior onda de porreta e no final quem vai para o pódio é o Gordinho!! É massa!!!!! KKKKKKKKKKK.

A corrida
Vc está preparado? Não!!!!!!! Largada as 09:10 do Porto da Barra em Direção ao PPO-A em Itaparica... Rema, rema, rema... Vai caceta!!! Troca as duplas, estamos muito lento!!! Não adianta!!! Tem alguém atrás da gente??? Acho que somos os últimos... chegamos em Itaparica juntos com a R2 e outra equipe que não lembro o nome. Era 00:30 e ficamos 5 min parados nos alongando para prosseguir para o PC1 em Bom Jesus dos Pobres. E aí prosseguimos pelo marzão que estava calmo até demais até passarmos pela Ilha do Medo! Pessoal, aí o negócio pegou!! A correnteza ficou fortíssima e o barco parecia não sair do lugar... Nesse momento remava eu e Claudio / Mauro e Marcia... Mauro gritava: “Primo, espera pra gente pegar a esteira do caiaque de vcs” A essa altura todos já estavam com o trapézio pipocado e a única esteira que eu queria era da minha casa... Claudio, essa m... não sai do lugar, essa m... não sai do lugar... Cala a boca e rema mais... Remei, remei, remei... Chegamos no PC1!! Décimo primeiro??? Putz!!!! Encontramos com Gilson Calangos nesse PC triste da vida pois não estava correndo a prova já que seu parceiro (Marcelo) passou mal no momento da largada. Rapidamente, incentivado pela sua esposa, decidiu nos acompanhar na prova e curtir um pouco da corrida...
Saímos para o trekking em 11º. Vamos, vamos... Au, au, au... Olha o cachorro Claudio !!! ô bicho frouxo ! começamos a caminhar numa velocidade de 6 a 7 km/h, nos perdendo um pouco indo para o PPO-B, encontrando uma ou outra equipe no caminho até chegar num ponto da trilha onde encontramos a R2. Encontramos uma chopana e Mauro pegou o mapa olhou, olhou e disse que não era ali. Estamos perdidos, todos perdidos... Vamos voltar e seguir a trilha. No final dessa trilha chegamos num pasto sem nenhuma trilha, e agora? Devia ser por volta de 10:00. Olha o mapa, sobe no morro, Marcia e Claudio deitaram na grama eu e Gilson subimos correndo para junto de Mauro em cima do morro. Em nossa frente um pouco a esquerda tinha a floresta e o mapa mostrava que tínhamos que entrar em uma floresta. Fomos nessa direção, Claudio!!! Marcia!!! Vamos!! Achamos uma trilha nessa floresta e... Nada... Estava errado... VOLTA!!! Saímos da floresta, olhamos novamente o mapa, azimute!!! É naquela direção... Olha uma trilha!!!! A trilha ia margeado a direita da floresta, subimos um morro e outro morro com uma diferença de altitude muito pequena e Mauro que antes tinha dito com tanta segurança que era ali, ficou meio duvidoso, mas eu já acreditava que era ali, acho que foi o meu desespero e mostrei para ele o mapa com dois picos como eu achava que estava aquele relevo... Ao mesmo tempo questionei o motivo pelo qual o mapa está com floresta o tempo inteiro e so estávamos vendo floresta na esquerda. Nesse momento notei que além do grande navegador que Mauro é, ele também tem poderes Jedi para deduzir que ERA uma mata mas que aquela parte tinha sido desmatada. Estávamos bem perto do momento mais emocionante da prova, a ora da virada...
Continuamos contornando o morro pela direita seguindo a trilha e, de repente, aparece a floresta na nossa frente COM A TRILHA. Só pode ser esse caminho!!! Vamos, vamos!!! Começamos a descer a trilha, que lugar espetacular! ! Um precipício de dar frio na espinha com árvores imensas... Lindo!! Fita zebrada!! Estamos no caminho certo!! Chegamos no PPO-B... Fomos recebidos com grande entusiasmo “VOCÊS SÃO A SEGUNDA EQUIPE QUE PASSOU AQUI” só a Olhando tinha passado no ponto até então. Segundo!!! Segundo!!!! Todos os 5 (Gilson permanecia conosco) pularam de alegria e se abraçaram, mais uma vez dávamos a volta por cima...
Azimuta! Azimuta! Vamos pegar a trilha. A Trilha até o Rio Paraguassú era linda, seguia um riacho e as vezes o cortava onde aproveitávamos para dar uma refrescada. Chegamos no PC2 onde tinha um corte as 17:00, mas chegamos bem antes, as 12:30. Pegarmos a bike. Nesse instante soubemos que estávamos em 4º ????? Como assim se a Aventureiros e a Olhando tinham sido as únicas que tinham pego o PPO-B. Também soubemos que o carro de Edson tinha quebrado... E agora? Deixamos o PC voando pois tinha um outro corte no PC3 as 16:00, o tempo estava apertado e esse trecho nos aguardava várias emoções. Aliás, esse trecho tem algo de especial com a Aventureiros pois foi justamente nele que numa corrida meu pneu estourou e tivemos que empurrar a bike por uns 10Km, e o que aconteceu?? Meu pneu furou nesse trecho... Santo Onofre, me ajuda!!!! Mauro voltou para me ajudar, eu estava começando a ficar abatido. Tivemos algumas dificuldades na troca do pneu e demoramos uns 10min, seguimos adiante. Nesse ponto da corrida tivemos que fazer uma importante decisão: Contornar o massapé ou encará-lo? Perguntamos a alguns nativos como estava a situação da estrada e as opiniões eram divergentes. Paramos em frente da entrada para o Massapê, os quatro meio perdidos sem saber que decisão tomar e já era +- 14:45, so teríamos chances de não tomarmos o corte se encarássemos o massapé (frio na barriga, tinha trauma daquele trecho) e assim o fizemos... Uhuuuuuu, tinham jogado cascalho em todo o trecho do massapé (6Km) e foi rapidinho. Eu continuava abatido e atrasando a equipe. Vamo Primo!!! Gritava Mauro... Quando terminou o trecho do massapé, uma ladeirinha de 1Km. Estávamos na cola da Extreme. Ufa! Que ladeira... Foi quase 30 min subindo, olhávamos para o relógio desesperado, não vai dar tempo... Vumbora!!! Pedala, pedala, Extreme para trás e a mais ou menos 1Km do PC3, as 15:56, o pneu de Mauro furou...NÃOOOOOOOOOO. Eu nunca tinha visto um negócio daquele, Mauro arregalou os olhos pegou a bike e começou a correr com ela na mão: “vão embora, vão embora. Batam o PC!!!” saímos os três feito loucos e chegamos no PC e em menos de 1 min chega Primo descendo a ladeirinha do PC montado na bike somente na jante. Já chegou caindo para respirar e descansar. Eram 16:05 e o corte tinha mudado para as 17:00. Não chegou mais nenhuma equipe antes das 17:00, estávamos com o terceiro lugar garantido!!! ! Nesse momento os mais debilitados eram Mauro e eu. Ficamos até as 16:40 no PC3, a extreme saiu antes. Assumi a navegação até o PC4 e estava bem melhor... Pneu furado de Mauro por mais duas vezes e chegamos no PC4 onde atravesaríamos o rio nadando e as bikes no barco.
Caímos no rio e quando estávamos a um certo ponto, descobri que o rio estava rasinho e so precisamos nadar no final com uma correnteza lateral fortíssima. Nesse ponto ficamos por 2 hs para cumprir parte do Dark Zone e deu para jantar e tudo. Começamos o Trekking do PC 5 ao 10 sem nenhuma dificudade, saímos umas 22:00 e voltamos 00:30 para pegarmos novamente as bikes e seguir para a última perna dessa modalidade (46Km). Fomos em direção a Cachoeira, todos os 4 estavam muito bem e fomos num ritmo bom. Não sabíamos ainda se encontraríamos apoio lá, pois a última notícia que tínhamos era do carro de Edson quebrado e esperávamos apenas encontrar nossas caixas no PC 11. Que só caixa que nada!!! Uma outra grande surpresa da prova: Estava lá Chuchu, com sua Tracker, Edson e Navarro! ETA apoio retado!!! Fizeram tudo mesmo, foi 10, massa, nos incentivaram bastante. Pagamos nossa última ½ h que devíamos e partimos para o PC12. Ufa! Mais uma ladeira! Foram 3 Km de ladeira. Dessa vez Mauro começou a sentir e ao terminarmos de subir a ladeira falou que precisava dormir um pouco... Fomos até o PC 12 e combinamos de deitar por 15 min. Os 3 deitaram e eu antes de descansar estudei um pouco o mapa. Depois fui deitar Tb e pedi para que o apoio nos acordasse em 15 min e “abri” o cronometro. Não sei como aconteceu, mas meus olhos de repente se abriram, olhei para o cronômetro, 20 min!!! PQP! Não acordaram a gente... Vamos! Vamos! Tá na hora. Montamos na bike e seguimos num ritmo bom e a chuva começou a cair. Vamos, não para! Preciso me proteger, reclamou Mauro. Paramos mais alguns minutos e ele e Marcis se enrolaram todo com a manta térmica exatamente no PC13. Seguimos para o PC 14 e dessa vez foi a vez de Claudio ficar um pouco para trás. Batemos o PC 14 quase 4h atrás da Extreme e decidimos dar uma volta maior pelo asfalto já que soubemos que o outro caminho estava muito sacrificado e tinha acabado de cair o toró. Pedalamos pelo asfalto e chegamos no último PC antes da largada e lá estava nosso apoio, prestativo como sempre não nos deixaram fazer nada. Fomos para o rio e pegamos as embarcação. Nessa última perna de remo, o início foi super tranqüilo pois estávamos protegidos pelas ilhas, mas quando saímos de proteção, meu irmão, foi dureza. Remamos bastante até avistarmos no píer uma pessoa “pequininiha” que ainda aproveitou para soltar um foguete (Edson) Olha lá!!! Remamos mais forte e atracamos. Juntamos os 4 e fomos correndo até o pórtico de chegada!!! 3º lugar garantido!!! VALEU GALERA!!!!!!

Aventureiros do Agreste realiza ação social em parceria com a Daventura.

A ação social foi realizada em uma escola no distrito de Cachoeira-Ba em 30/04/2010, onde escovas e cremes dentais (arrecadadas com contribuições da equipe, pois desta vez não foi possível o apoio da Colgate) foram distribuídos para as crianças e suas mães, em homenagem ao seu dia 09/05. Participaram da ação Luciana (Aventureiros), Gabi(Aventureiros), Carol Chagas(Daventura) e Leila(Daventura) que juntas fizeram um trabalho maravilhoso.

Agradecemos à Organização do RUNNING DAVENTURA, pelo dia especial e pela parceria!


Aventureiros do Agreste fica em 3º na Running Daventura 2010!!!

Depois de 39h54min de prova e uma excelente recuperação (a equipe chegou no PC 1 em 14º lugar), a Aventureiros do Agreste ficou com o 3º lugar na Running Daventura 2010, prova que marcou o início do CBCA (Campeonato Baiano de Corrida de Aventura) que também foi válida pelo CNA (Circuito Nordestino de Aventura). A prova foi muito dura tendo uma largada com 36km de remo. Das 22 equipes que largaram, apenas 8 completaram a prova e somente 3 (Makaíra, Extreme e Aventurairos do Agreste) fizeram a prova toda, sem corte. Parabéns aos guerreiros!!!

Classificação Final Running Daventura 2010

Quarteto

1 - Millennium DAVENTURA Makaira - 34h41m - Penalidade de 1 h aplicada
2 - Extreme Adventure Team - 39h41m - Penalidade de 1 h aplicada
3 - Aventureiros do Agreste - 39h54m















4 - Direction - 32h14m - Corte 1
5 - Massaio-Q D'AVENTURA - 40h15m - Corte 1
6 - Giramundo - PC3
7 - Olhando Aventura Capibaribe - PC2
8 - Insanos Millennium Adventure - PC2
9 - Oskaba - PC2
10 - Gantuá Millennium Granola Tia Sônia - PC2
11 - Academia Vidativa / Rasodacata - PC2
12 - R2 Companheiros - PC2
13 - Ospatos - PC1

Dupla
1 - Atlas Brasil Mad Dog - 33h37m - Corte 1
2 - Advogados Aventureiros - 39h41m - Corte 1
3 - GPT FNSA A - 37h01m - Corte 2
4 - GPT FNSA B - 37h35m - Corte 2
5 - Maré Alta - PC2
6 - Ecotrip - PC2
7 - Caboclos de Lança - PC2
8 - 19 BC 1 - PC2
9 - 19 BC 2 - PC2
10 - Calangos - Não Largou



sexta-feira, 23 de abril de 2010

Aventureiros do Agreste na Running D'aventura 2010

Acompanhem aqui a Aventureiros em mais um desafio.

> Aventureiros do Agreste fica em 3º lugar na Running Daventura 2010. Parabéns!!!


> Equipes desistentes: OSPATO, OSKABA, RASO DA CATA, GANTUA, GIRAMUNDO, CALANGOS e MARE ALTA.

> Aventureiros do Agreste, Makaíra e Extreme são as únicas equipes a seguirem a prova inteira sem corte.

> Aventureiros do Agreste já passou por Santo Amaro.

> A Aventureiros ficou sem apoio, pois o carro quebrou. Márcio Neri está indo com Edson fazer o apoio da equipe.

> Apenas Aventureiros do Agreste e Makaíra passaram pelo corte no PC 3. Está chovendo e a situação não deve tá fácil. Vamos torcer pelo 1º lugar.

> Aventureiros do Agreste já bateu o PC 2 (São Francisco do Paraguaçú) saindo da 14ª colocação para a 4ª.

> Ordem das equipes no PC 1 (Bom Jesus dos Pobres).
1 - 1 MILLENNIUM DAVENTURA MAKAIRA (Salvador - BA)
2 - 2 EXTREME ADVENTURE TEAM (Salvador - BA)
3 - 9 DIRECCTION (Recife - PE)
4 - 18 MARÉ ALTA ECORRIDA (Aracaju - SE)
5 - 11 GANTUÁ MILLENNIUM GRANOLA TIA SÔNIA (Salvador - BA)
6 - 12 GIRAMUNDO (Feira de Santana - BA)
7 - 7 OSKABA (Maceió - AL)
8 - 5 OSPATO (Maceió - AL)
9 - 8 INSANOS MILLENNIUM ADVENTURE (Salvador - BA)
10 - 6 MASSIO-Q D'AVENTURA (Maceió - AL)
11 - 16 ATLAS BRASIL MAD DOG (Feira de Santana - BA)
12 - 13 OLHANDO AVENTURA CAPIBARIBE (Salvador - BA)
13 - 19 ADVOGADOS AVENTUREIROS MINAS (Belo Horizonte - MG)
14 - 4 AVENTUREIROS DO AGRESTE (Salvador - BA)
15 - 15 CABOCLOS DE LANÇA (Recife - PE)
16 - 3 R2 / COMPANHEIROS (Salvador - BA)
17 - 22 PRIMEIRA DUPLA 19 BC (Salvador - BA)
18 - 23 SEGUNDA DUPLA 19 BC (Salvador - BA)
19 - 10 ACADEMIA VIDATIVA / RASODACATA (Salvador - BA)
20 - 20 GPT FNSA A (Salvador - BA)
21 - 17 ECOTRIP (Aracaju - SE)
22 - 21 GPT FNSA B (Salvador - BA)

> Foi dada a largada para a Running Daventura 2010.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Running Daventura 2010 - 23 a 25 de abril 180km

1ª Etapa do Campeonato Baiano de Corridas de Aventura

Faltam apenas 4 dias para o início do CBCA e a Aventureiros do Agreste está pronta para mais um desafio. 3ª colocada no CBCA em 2009, a equipe este ano está visando uma melhor colocação. Para a 1ª etapa a Aventureiros será representada por Mauro Abram, Marcelo Azoubel, Cláudio Ribeiro e a participação especial de Márcia Libânea da equipe Caatinga Trekkers. A equipe de apoio será formada por Edson Evangelista e Hermerson Navarro. Ficaremos aqui na torcida por eles. Sucesso!!!

quarta-feira, 31 de março de 2010

1ª Etapa Circuito Explorer 28/03/2010 - Santo Amaro 30km

O que parecia ser uma prova curta, rápida e até facil, fez com que muita gente penasse um pouco para concluí-la. Parabéns a organização do evento que conseguiu fazer uma prova maravilhosa. Segue o resultado.


Categoria Masculina


1 - 19 Kaaporas
2 - 33 Gantuá
3 - 29 MakaiAR23
4 - 12 Giramundo 01
5 - 36 Makaira 02
6 - 37 Os Agrestes
7 - 38 Caçuá
8 - 23 Guardiões
9 - 8 Companheiros / R2
10 - 10 CCAA Hawks / Capitães do Mato
11 - 2 Caatinga Trekkers 02
12 - 1 Caatinga Trekkers 01
13 - 26 Calangos 01
14 - 35 Aventureiros 35
15 - 14 R2 Charlie
16 - 30 Garra Masculina
17 - 15 Muriqui 01
18 - 16 Muriqui 02
19 - 5 Solaris
20 - 25 Os Legionários
21 - 20 Olhando Aventura / Insanos
22 - 34 Os Mulambeiros
23 - 6 R2 Alfa


Categoria Mista

1 - 21 Makaira 03
2 - 3 Caatinga Trekkers 03
3 - 22 Cupuaçú
4 - 13 Giramundo 02
5 - 28 Atlas Brasil H²O
6 - 4 Companheiros de Aventuras
7 - 11 Academia Vida Ativa / Raso da Cata
8 - 17 Saroca & Manu Véio do Agreste
9 - 9 Carmen San Diego & Barão Vermelho
10 - 32 Grauçá da Caatinga
11 - 31 Pantha Rei
12 - 7 R2 Bravo
13 - 18 Makaira 04
14 - 27 Calangos 02


UMA POR TODAS E TODAS POR UMA!

Reflexões de uma Penélope
Por Luciana Leal

Esse negócio de correr só com mulheres dá muito que falar. A experiência é, no mínimo, interessante.

A reunião para estabelecer os objetivos da equipe foi num café. Depois de conversarmos sobre relacionamentos, filhos, casa, cabelo e menstruação, regado a café, sanduíche e chocolate, ficou definido que faríamos o CNA de Alagoas e ficaríamos entre as cinco primeiras equipes. Que ousadia, heim?!
O treino de mecânica de bike foi realizado em meio à filharada passando pra lá e pra cá e muita gargalhada. Saímos todas podres de graxa!
Nossa chegada foi algo bem diferente. Todos nos viam. Parecia que estavam nos esperando, mas sem saberem exatamente o que fomos fazer ali. Quatro mulheres de camisa rosa, de unhas pintadas de rosa e carinha de boas moças. Não nos deram muita confiança...
Confesso que quando vi a lista de inscritos fiquei pensando como nos encaixaríamos entre os cinco melhores. Bom! A diferença poderia ser uma boa navegação, manter sempre o foco na prova, ir sempre em frente e não desistir.
Se a prova foi dura!??? Foi dura o suficiente para uma prova de 160km. Se começar de madrugada então.. fica mais emocionante. Se não for difícil perde a graça.
Tivemos que respeitar as nossas sensações, reduzir os desconfortos, acompanhar o ritmo de quem estava menos forte, estimular o avanço. Preocupamos-nos com a hidratação, o sol estava muito forte durante o dia, as subidas eram cruéis, desgastaram muito. Alimentamos-nos muito bem! Thays quem cuidou disso, e trabalhou bem, se lembrando de proteína, carboidrato, repositores. Tinha hora que dava vontade de perguntar: “o que é proteína mesmo?”.
Thays é muito forte e tem uma capacidade de puxar o grupo incrível! Sempre estava na frente, abrindo porteiras, passando a cerca, pegando as bicicletas, ajudando a todas.
A iluminação também fez uma diferença danada! Deu-nos muita segurança na hora de enfrentar as ladeiras e entrar em lugares mais fechados.
Largamos entre os últimos e fomos ganhando força à medida que a prova foi acontecendo. Gabriela, a nossa capitã, manteve o foco na prova o tempo todo, estimulou nosso progresso até o último minuto. Tanto que eu fiquei muito tranquila para navegar... deu para me concentrar e compartilhar a navegação com as meninas, deixando todas dentro da prova o tempo todo. Na verdade, cada uma tem o seu perfil de liderança e deixar todas liderarem, em cada momento da prova faz uma diferença danada.
Saroca tem razão.. eu fiquei engraçada..rsrs! Quando elas me perguntavam se estava perto eu dizia que sim, mas era só uma questão de referência. Pior era quando me perguntavam se era por ali mesmo e eu arregalava os olhos e dizia um “eu não sei” assustado. Mas eu sabia para onde estávamos indo, viu!? Guerreirona, a nossa amiga! Sofreu do começo ao fim da prova. Deu o sangue pra agüentar chegar ao fim e nem lembramos de cantar os parabéns no final da corrida!
O mapa estava bem legal! Atualizado e com muitas opções de caminhos. Quando o caminho escolhido parecia complicado, nós resolvíamos rapidinho com uma mudança de estratégia. Fizemos escolhas felizes durante toda a prova.
O momento mais difícil da prova foi na segunda noite quando Thays e Saroca sentiram medo. Medo de gente! Tinha muita gente bêbada em todos os vilarejos por onde passávamos. Os homens ficavam curiosos, se aproximavam. Tivemos medo de cachorro também! Ah! E de boi também! E vencemos todos os nossos medos!
No final da contas o que conta mesmo é a sintonia da equipe. Isso nós tivemos de sobra.
Pra nós foi uma colocação ótima! Concretizados o objetivo! E dedicamos esta 4ª colocação às mulheres! Nós temos força e resistência! Somos guerreiras! Todas as mulheres que se propõem a fazer Corrida de Aventura são GUERREIRAS!


Beijos!


Luciana Penélope do Agreste

quinta-feira, 18 de março de 2010

Release Arrasta Pé – Alagoas, 12 a 14 Março 2010 160km

Por Sara Santos


Para a primeira competição do ano 2010 combinamos, as quatro mulheres da equipe oficial, corrermos de Penélopes do Agreste, a versão feminina da equipe Aventureiros do Agreste. E para mim essa prova pode ser resumida em duas palavras: satisfação e sofrimento.
Satisfação: a corrida começou no avião mesmo, as Penélopes Lulu, Gabi, eu (Saroca) e Thays iniciamos a preparação para a prova durante o vôo, pintando as unhas de esmalte rosa chiclete. O pessoal do avião adorou, nos desejou sorte e nos alertou sobre o calor da região. Márcio e Manu foram no avião com a gente, eles correram de trio com Scavuzzi que foi de carro com nossas bikes e equipamentos mais cedo. Loucos por Aventura né?
Sofrimento: eu fiz uma viagem de trabalho e fiquei 10 dias sem correr, pedalar e nadar! Eu tinha certeza que seria uma prova muito sofrida para mim.
Satisfação: chegamos no aeroporto e fomos conduzidas ao local da prova juntamente com Manu Véio e os meninos da Makaíra num caminhão do exército! Gente foi muito legal, aquele caminhão imenso, me senti num filme, os militares foram excelentes. Nós agradecemos o apoio e a torcida. Márcio foi de carro com Scavuzzi.
Arrumamos tudo, pegamos os mapas e começamos a marcar as distâncias e azimutes. Briefing às 22h. Largada à meia noite. Corremos as quatro em direções distintas para pegar uma fita, voltar à largada e seguir de bike rumo ao PC1.
Sofrimento: fomos a última equipe a largar, minha sapatilha estava quebrada na bike e meu coração batia a mil com a corridinha que eu fiz. Minha sorte é que Manu fez o mesmo trecho e quando tudo estava escuro e com areia, ele me ajudou.
Para achar o PC1 deu um pouco de trabalho, e quando decidimos, o caminho era um morro gigante que subimos empurrando as bikes. Luciana e Gabi subiram na frente mas eu comecei a sentir dificuldade de respirar, Thays voltou e trocou a bike comigo, subimos o morro, passamos na beira de um precipício e encontramos com os meninos da Aventureiros.
Satisfação: encontramos o PC1 e seguimos rumo ao PC2. Pedala muito, Thays controlando a alimentação, Luciana navegando, Gabi botando pressão e eu suando feito uma condenada. Atravessamos a cidade, subimos outro morro, tinha equipe atrás, e o pessoal perguntando: quem tá aí? Somos nós, as Penélopes. Batemos o PC2 e seguimos para o PC3. Nós tivemos a sensação de ter gente nos seguindo, aproveitando a navegação brilhante de Lu. Mas tudo bem, deixa pra lá.
Para o PC4 mais subida, avemaria nunca vi tanta subida na mesma prova! Em compensação os downhills eram de arrepiar, a gente desceu todos, nessa hora não tinha dor certa, era só curtir o vento no rosto e a bike passando por cima de pedras. O PC5 foi um trecho mais tranquilo, pegamos uma reta e fomos embora. Chegamos na praça, deixamos as bikes e fizemos a primeira transição da prova. Sofrimento: trekking muito pesado, subida de morro (pra variar um pouco) e meu batimento subia, subia. Thays a nossa Penélope She-Ra subiu me puxando com ela, nunca vi isso, muito forte essa menina. O PC6 estava escondido numa moita, a gente deu uma xingadinha nele e continuamos. Mais subida, Gabi e Lu iam na frente, e eu com Thays. Nesse momento eu tava meio down por me sentir tão mal. O sol estava de enlouquecer, a sensação térmica era de mais de 40oC e ainda não tinha dado meio dia! Os pés ferviam, o suor não resfriava o corpo. Pedi a Thays que diminuísse o ritmo, não adiantaria as três irem na frente, teríamos que fazer a prova juntas, caso contrário eu não chegaria ao final.
Paramos para descansar 5 minutos sentadas na sombra de uma árvore. As meninas aproveitaram para passar protetor solar, comer, fazer xixi, essas coisas de meninas.
Satisfação: Lulu teve uma sacada genial e cortamos um trecho do caminho, já saindo dentro da fazenda onde estaria o PC7. Tinha uma casinha, pedimos água e molhamos o corpo, nossa que alívio. Seguimos com os squeezes cheios e o corpo mais frio. No PC7 vimos que a Aventureiros tinha passado há 20 minutos, renovamos a energia “vamos catar esses meninos!” e saímos no trekking de volta à praça. Ficamos maravilhadas quando passamos de trekking por uma ladeira que tínhamos descido de bike à noite, muito legal! Quando entramos na cidade lá estavam eles tomando um refrigerante, que dividiram com a gente, tão solidários (e a gente querendo ultrapassar eles!!, rsrsrs). Gabi e Thay tomaram uma cerveja (acreditem, essas Penélopes estão mais para Dick Vigaristas) e eu e Lu olhamos o mapa. Nessa prova Lu ficou muito parecida com Mauroba, a gente falava e ela não respondia. Arregalava os olhos e dizia umas coisas fora da conversa. Eu ein... melhor não fazer movimentos bruscos né? Então eu reduzi minha participação a pitaquinhos quando ela pedia, para não atrapalhar a navegação. Voltamos à praça, compramos picolé, água gelada e seguimos para a segunda perna de bike. Os meninos tiveram que ficar para trocar um pneu furado. Seguimos para o PC9. Na estrada, Thay parou para comprar um óculos escuro e fizemos a formação em linha para aproveitar o vácuo, ventava muito e pedalamos o trecho todo assim, coisa bonita de se ver, as 4 camisas rosas sempre juntas. Entramos na estradinha, e começamos a subida de outro morro, a essa altura eu já xingava todos os nomes feios que eu conheço. Era um empurra bike danado. Gabi disse “Saroquinha tente pedalar, coloque a marcha mais leve e pedale bem devagar, dói menos do que empurrar” eu fiz e não é que a danada tava certa? Os trechos que dava a gente pedalava subindo mas tinha horas que era para empurrar mesmo.
Paramos para descansar, Lu deu a louca e disse para tirarmos os coletes de prova que ela iria cortar todos. Gente que mudança, parecia que tinha ligado um ventilador em cada uma. Descansamos mais um pouco, comemos um monte de coisas. Mas o pior ainda estava por vir. Chegamos num povoado, pedimos água de novo e constatamos que o melhor caminho até o PC9 seria subir um outro morro.
Sofrimento: meus pés estavam cozidos, meus ombros doíam de tanto empurrar bike subindo ladeira. Atravessamos a cerca do pasto carregando as bikes, e claro a nossa She-ra comandou o espetáculo de força e agilidade. Thay você é uma monstrinha, mas é uma monstrinha cor-de-rosa! Só para vocês terem uma idéia, esse morro não tinha trilha marcada como os outros, era lugar de boi pastar e não de gente passar. Como diz Lu, na corrida a gente vira bicho!
Aqui eu tive o momento mais sofrido de toda a prova. Meu coração parecia que ia sair pela boca, fiquei com medo de ter um piripaque. Thays e Gabi subiram as bikes delas enquanto Lulu ficou comigo para eu respirar. Depois as duas desceram e nos ajudaram a subir, levando as nossas bikes!! Essa Gabi é mamãe-do-agreste mesmo! Conseguimos chegar em cima e adivinha só: mais subida! Pqp isso não acaba nunca! Andamos uns trechos alternando entre subidas e planos. Chegamos ao local onde seria o PC e nada, procura aqui, ali, acolá. Thays viu uma casa ladeira abaixo, eu enxerguei um carro e na verdade era uma lona preta cobrindo alguma coisa. Desce ladeira, sobe ladeira de volta e a equipe Limite Infinito nos ultrapassou. Pegamos o PC9 em 6º lugar e continuamos para o PC10.
Satisfação: o PC10 era a transição de bike para remo. Chegamos e as quatro tiveram que remar separadamente com o caiaque duplo. Foi um trecho muito bom, todas fizeram rapidamente e depois remamos juntas com um bote. Eu nunca tinha entrado em um bote, eu e Gabi fizemos um leme meia boca tentando manter a direção, pegamos o virtual e voltamos. Depois comemos uma comida do bar e seguimos adiante. Aqui nesse PC encontramos a Extreme, a Aventureiros do Agreste e a Carbono Zero.
Saímos do PC10 escurecendo e fomos buscar o PC11. Pegamos o caminho correto do mapa, subimos uma estradinha e tinha uma casa. O dono nos disse que a partir dali não existia mais trilha e que deveríamos voltar. Lu achou melhor a gente não rasgar mato e seguimos o conselho do senhor. Fizemos uma volta e continuamos subindo ladeiras. Eu perguntava “Lu essa ladeira tá no mapa? Tem certeza? Não tem assim um caminho plano, só por acaso?” E tome mais ladeiras. E ela sempre dizia “gente essa é a última viu?” Não dava 20 metros e começava a subir novamente. Entendemos a psicologia da coisa toda e não perguntamos mais nada. Chegamos num povoado completamente isolado e sem uma alma viva, chamamos e ninguém respondeu. Só os cachorros se manifestaram, correndo e latindo. E nós latíamos de volta pra eles. Super agressivas, rsrsrsr. Continuamos pedalando para o PC11, Thays perguntou a Lu se faltava muito e ela sempre dizia “já tá perto, tá chegando”, aí Thays vinha pra mim “falta muito Saroca?”, “Falta sim Thay, ainda falta uns 8Km”, hahahaha. No caminho do PC11 encontramos a carbono zero já voltando, pegamos o PC11 numa estradinha e para chegar lá tivemos que descer um single track e eu só pensava na volta, subir empurrando a bike. A essa altura queria jogar Clotildes num buraco e esquecer que sabia pedalar. Estávamos em 5º lugar. De volta à estrada principal, erramos o caminho e resolvemos parar para descansar. Dormimos 15 minutos, e retomamos. Encontramos a Gantuá voltando. Angelo disse que o PC12 tinha sumido mas que agora o organizador já tinha colocado outra pessoa. Continuamos pedalando e encontramos o carro da organização. A prova seria finalizada no PC12 devido ao horário. Somente uma equipe completou a prova 100% que foi a Makaíra. Eles fizeram uma excelente prova!
Satisfação: carbono zero ainda não tinha chegado ao PC12, a gente reanimou de um jeito “vamos que esse 4º lugar é nosso!”. Mas o PC12 estava em cima de um morro. Aff, eu não aguentava mais. Dizia “Gabi eu vou cair e não levanto mais!”e Gabi super aventureira dizia “Cair nada, vamos ser 4º porra!”.
Subimos o morro empurrando a bike. Gabi foi na frente com Thay. Lu ficou comigo, subindo mais devagar. Chegamos ao topo do morro e procuramos o PC. Nada. Gritamos o PC. Nada. Não é possível que esse PC sumiu de novo. Grita, grita e de repente se acendeu uma luzinha bem próxima de nós. O danado do PC estava dormindo!
Satisfação: Quando assinamos o papel estávamos em 4º lugar na prova Arrasta Pé de Alagoas. Que emoção! Que virada! Agora era pedalar até a cidade próxima e esperar o carro da organização levar a gente pra a escola onde foi feita a largada. Márcio Xuxu do Agreste e Manu Véio do Agreste vieram nos buscar. As Penélopes foram dormindo no banco de trás do carro, uma por cima da outra com um fedor tão insuportável que os meninos tiveram que desligar o ar condicionado e abrir as janelas, hahaha.

LuluQuilda do Agreste: excelente navegação. Você foi brilhante! Soube conduzir a equipe muito bem. Navegou muuuuuiiiiiiito! Botou um monte de marmanjo no bolso.

Gabi mamãe-do-agreste: muito competitiva, estava sempre à frente puxando a equipe. Adorei correr com você mais uma vez.

Thays She-Ra do Agreste: descobri uma pessoa extraordinária e uma excelente atleta e o melhor de tudo: super humilde. Thay adorei te conhecer, correr com você e agora ter mais uma amiga aventureira. Quero pedalar, correr, fazer trekking e ter força igual a você! Sou sua fã!

Manu Véio, Márcio Xuxu e Scavuzzi: foi muito legal encontrar com vocês ao longo da prova. Obrigada pela torcida! Vocês são nota 1.000! Obrigada a Scavuzzi por ter levado as nossas bikes de carro e pelo apoio moral no PC10, foi muito importante quando você me disse que não forçasse, que estávamos bem e era só manter o ritmo. Nessa hora eu me dei conta que estávamos competindo com gente grande, equipes fortes e que não estávamos tão mal assim. Valeu!! A Manu Véio obrigada pelas palavras de incentivo a cada encontro. Adoro você!!


Aos militares e à Débora, que foi nossa anfitriã, meu agradecimento por tudo que fizeram para que nos sentíssemos em casa.


Meninas: MUITO OBRIGADA PELA EXCELENTE PROVA!


SAROCA do AGRESTE: a patricinha casca grossa!