Retroceder NUNCA, Render-se JAMAIS e Divertir-se SEMPRE!

sábado, 29 de agosto de 2009

Treino 29/08/2009 - Por Luciana Leal

O treino de hoje foi massa!!
Quando eu ficar velhinha vou ter muita coisa pra contar pra os meus netinhos.Saímos eu, Tadeu, Manu, Ítalo, Lucy e Saroca do Terminal de Cargas para a rua K. Lá, encontramos Mauro e Scavuzzi. Depois do "quem vai com quem?" montamos quatro duplas e partimos. Mas não antes de perguntarmos ao assistente de Reizinho se os barcos estavam bons.Eu e Mauro ficamos em dupla e começamos a remar e conversar sem parar. Quando percebemos, o pôvo já tinha voltado e estávamos em quase 1 hora de remo. OPS! Vamos voltar!Minutos depois, Mauro disse: "Lu, vc não acha que tá entrando água nesse barco?"Dali começamos a remar com mais força. O barco não evoluia muito e enchia mais e mais. Começou a ficar meio de lado. Mauro me falou que tava tranquilo que em uns 15 minutos q gente tava na rua K. Só esqueceu que eu sei fazer conta. "Como é que a gente tinha remado quase 1 hora de ida e demoraria 15 minutos de volta com o barco cheio de água?" E continuamos a remar...As ondas vinham para nos desestabilizar, o barco enchia e a gente já estava começando a pensar no plano B. Perguntei pra Mauro se ele achava que eu já devia começar a gritar. "Olhem só que calma a minha!?" Na terceira vez que perguntei começamos a gritar as outras duplas, que tavam longe em nossa frente. Nada!! Em 3 minutos de gritos e remadas veio uma onda e nos jogou para fora do barco. Perdi minha garrafinha rosa. Sacanagem!Mauro fez: "Lu, vc sobe no barco e rema que eu vou ficar batendo as pernas." Subi e remei tão rápido quanto uma lesma. O barco estava muito pesado! Mas remei! A gente ia terminar o treino à noite, mas ia terminar. Só que Mauroba ficou impaciente e mandou eu descer pra ele remar. Foi uma tragédia!! Ele não conseguia se equilibrar no barco cheio de água. Até que conseguia remar, mas a gente não conseguia desenvolver muito. Resolvemos que eu remaria de novo. E fomos lentamente na direção da rua K. A gente ficava comentando: "Isso é que é um treino!" "Pôxa! Ninguém percebeu que estamos em apuros."Mauro perguntava: "Falta muito?" E eu dizia todas as vezes que só faltavam 5 minutos.. rsrsrs.De repente vimos um barco à vela. "Mauro, vc acha que devemos pedir ajuda?" E Mauro ainda teve a coragem de dizer que não. Não queria tirar o barqueiro de suas atividades. Uma figura esse meu amigo viu!?Só que o barqueiro era Reizinho, que fomos reconhecendo à medida que chegava perto. O resgate foi uma beleza! Voltamos de barco à vela, curtindo o vento.O treino foi massa!
Beijos!
Lulu.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Aventureiros do Agreste na Eco Run 30/08/2009

A Aventureiros do Agreste estará presente na meia-maratona de revezamento Brasken Eco Run.

Data: 30/08/2009. Salvador - Ba

A equipe será representada por:
Luciana Leal
Márcio Neri
Mauro Abram
Fábio Neri
Icó
Fred Dortas
Lucy Jesus

http://www.ecorun.com.br/

Boa corrida para todos!!!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Carrasco 2009 01 a 03 de maio 241km


Igor (apoio), Zé Icó, Mauro, Luciana, Aluíno e Tadeu (apoio)

Ação social na Carrasco 2009

A Aventureiros do Agreste realizou uma ação social durante a Carrasco 2009. Nesta ação foram distribuidos kits de higiene bucal para a população carente de Feira de Santana.

Ação social na Carrasco 2009

Durante a ação também foi passado um desenho animado infantil, mostrando para as crianças a importância da higiene bucal e como realizá-la.

Carrasco 2009


Reabastacendo no PC 06

Pausa durante o treino


Cláudio, Mauro, Luciana e Emanuel.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ranking baiano de Corridas de Aventura 2009

1º GANTUÁ
2º MAKAIRA
3º AVENTUREIROS DO AGRESTE
4º EXTREME
5º INSANOS
6º R2 companheiros
7º CAATINGA TREKKERS
8º RASO DA CATA
9º RUMO CERTO
10º ATLAS BRASIL
11º OLHANDO AVENTURA
12º AVENTUREIROS 2
13º ESPÍRITO SELVAGEM


Fonte: Federação Baiana de Corridas de Aventura

Resultado Jungle Adventure 25 e 26/07/09 100km

1º Gantuá
2º Makaira
3º Makaira 2
4º Insanos
5º Aventureiros do Agreste
6º Aventureiros do Agreste 3000
7º Caiçaras
8º Aventureiros do Agreste 2
9º Monsttrus daventura
10º Academia Vida Ativa Raso da Cata
11º R2

Jungle Adventure 25 e 26/07/09 100km

Equipes

Aventureiros do Agreste: Mauro Abram, Luciana Leal, Fred Dortas e Zé Icó
Aventureiros do Agreste 2: Cláudio, Marcelo Azoubel, Ítalo Ghignone e Maria Paula
Aventureiros do Agreste 3000: Márcio Nery, Emanuel Moreira, Sara Santos e Fernando Tadeu

Parabéns a todos!!!

Jungle Adventure 25 e 26/07/09 100km


Fred e Tadeu

Jungle Adventure 25 e 26/07/09 100km


Mauro fazendo os últimos ajustes na bike.

Jungle Adventure 25 e 26/07/09 100km


Zé Icó arrumando sua "magrela".

Jungle Adventure 25 e 26/07/09 100km


Márcio, Sara, Emanuel e Tadeu

Release Jungle Adventure - Por Sara Santos

Vou começar confessando algo muito feio: eu não estava com vontade de correr. Pois é, eu estava chateada, desmotivada, igualzinho ao Joseph Climber. Mas eu já tinha me comprometido com Manu, Márcio Xuxu e Tadeu. Não dava para ligar para os meninos e dizer “sabe, não vou mais...”. Meu trabalho também está hard core e eu só treinei nos dois finais-de-semana antes da prova (Navarro vai me matar quando ler isso porque ele mandou a planilha e eu não fiz nada!). RELEASE JUNGLE ADVENTURE - JULHO 2009Chegamos no local da largada e reencontramos todos os nossos queridos aventureiros. A equipe se reuniu para separar equipamentos. Pegamos os mapas e começamos a estudar. Eu e Márcio marcando os pontos, distâncias e traçando o nosso percurso, Manu e Tadeu de apoio na iluminação e cálculo de distâncias. Plastificamos tudo e fomos para a largada. Foi muito legal estarmos as três equipes juntas nesse momento, nos abraçamos e desejamos sorte uns aos outros.
Largamos na praia mesmo, decidimos não ir por cima, a distância era pequena e chegamos no local da travessia. O rio estava com correnteza e juntamos umas 3 ou 4 equipes para atravessarmos juntos. Não posso negar que eu ri muito porque quando alguém se soltava, caía na correnteza e passava por nós de volta ao ponto de onde partimos, parecia vídeo cacetada. Nessa hora descobrimos que Tadeu tem medo de água com correnteza, Xuxu macho que o ajudou a atravessar, foi muito legal. Saímos da água e fomos buscar o PC1. Começamos um trekking e quando o caminho ficou mais plano eu dei uma sacudida na galera “vamos dar um trote?” E fomos os 4 correndo por um bom trecho. Próximo ao PC 1 passaram por nós, já voltando, a Gantuá, as Makaíras e a Caiçara. Isso deu uma energia por que tivemos mais certeza da navegação. No PC encontramos Arnaldão com o pessoal da Insanos. Voltamos para o ponto onde prosseguiríamos ao PC 2.
Eu comecei a sentir minha barriga fazer uns barulhos estranhos e na metade do trecho eu caí de joelhos no chão urrando de dor, eu cravava a mão na terra e só fazia gemer sem conseguir explicar o que tava acontecendo. Minha pressão baixou, comecei a suar frio e o povo passando e perguntando o que era e os meninos “nada, tá sob controle” sob controle? Eu não consegui nem responder. Quando a dor diminuiu a ponto de eu conseguir falar eu me lembrei que comi um hambúrguer na saída porque o rango da comunidade não deu para todo mundo. Tive que ir ao matinho... Duas vezes! Numa dessas perdi os meus óculos, sacanagem... Os meninos disseram que eu tava marcando o caminho, rsrs. Quero deixar claro que só contei isso porque fui ameaçada que se não colocasse no release iriam contar de uma forma bem pior. Fiquei preocupada porque estava desidratando muito rápido, fiquei fraca, com as pernas bambas, mas não quis deixar o pessoal mais preocupado. Manu me disse depois, que ficou preocupado achando que era apendicite e tentando montar um plano de resgate para mim, rsrs. Bom, nessa aí perdemos uns 15 minutos, eu acho. Fomos até a cerca, começamos a subir o morro e descemos. Ficamos na dúvida. Demos uma volta danada dentro daquele mato, ficamos 45 minutos rodando, encontramos um pé de cansanção gigante que nos marcou em todos os sentidos. Decidimos voltar até o ponto da bifurcação do PC1, onde tínhamos certeza. No retorno encontramos a AA1 seguida da AA2, eles buscavam o PC2 também. Voltamos à bifurcação e começamos a fazer a navegação cri-cri, contando passos e medindo distância.
Subimos o morro novamente, descemos e encontramos uma galera, tinha muita gente que eu não conheço, mas a Raissa e o Luiz estavam lá. Fomos juntos, confiando na nossa navegação. Chegamos ao rio onde teria uma travessia, o pessoal estava voltando de lá, mas eu disse “vamos margeando o rio” e fomos num mangue que não acabava nunca, Xuxu sempre checando o azimute, os pés afundando que era uma beleza. Quando o azimute mudou decidimos “esse é o ponto de travessia”. O pessoal ficou meio assustado, Tadeu disse “outra não!” E eu, acreditem, enxerguei um jacaré do outro lado. Só via os olhos brilhando. Fui convencida que era um galho e entramos na água todos juntos novamente. A correnteza começou a nos arrastar, Manu e Xuxu se agarraram num galho e começaram a nos puxar. Um alguém que não conheço me ajudou a sair da água. Fica aqui o meu agradecimento ao desconhecido.
É por isso que eu amo esse esporte, pessoas que nunca se viram num esforço em conjunto.
Recomeçamos o nosso trekking na lama, foi muito legal essa parte, na minha opinião. A maioria não gostou, porém isso sim é aventura! Cortar mato, atravessar mangue, seguir um azimute. Por causa dessas coisas é que faço na corrida de aventura, senão eu faria triathlon. Esse trecho foi bem cansativo, Manu, Xuxu e o desconhecido revezaram para abrir caminho na vegetação do mangue, um mato que chegava à altura do meu pescoço. Avistamos uma luz distante... É a fazenda! PC2!! Uhuuuuu!! Vamos lá, vamos lá! Chegamos no PC trocamos tênis por sapatilha, comemos e bebemos água. Fui ver Maurobildo, ele tava bem (foi o que me disse), pegamos nossas coisas e rumo ao PC 3. Manu tomou logo uma queda nas valas com o pé preso na pedaleira. Eu fui “pianinho” para não cair também.
Aqui eu pedi para Xuxu navegar sozinho porque eu não tinha porta mapas e andar de bike, à noite, com aquelas valas e ainda olhando o mapa... Ainda não cheguei nesse nível. Próxima prova com certeza terei meu porta mapas. No caminho para o PC 3 o pneu de Tadeu furou... Paramos para dar a manutenção, os meninos ficaram nesse trabalho e eu fiquei olhando o mapa, conferindo as distâncias e o percurso que faríamos no eucaliptal. A AA1 passou por nós enquanto trocávamos o pneu e era engraçado que sempre que nos encontrávamos Xuxu fêmea gritava pro Xuxu macho “Xu?” E ele respondia “Tô aqui”, rsrs parecia um código. Perdemos um tempão nesse pneu, uma dificuldade só, Tadeu próxima prova com um pito decente viu? Seguimos na busca do PC, nossa estratégia foi beirar o eucaliptal, ao invés de fazer a trilha interna. Manu caiu mais umas duas vezes, sempre quedas hilárias com o pé preso no pedal. Até a metade do caminho estava tudo bem, mas por alguma razão o azimute parou de bater com o que tínhamos no mapa, checamos o caminho duas vezes, estávamos certo da nossa localização. “Vamos seguir Márcio” eu sabia que a navegação dele estava certa, eu estava confiante e seguimos num caminho que parecia dar voltas e de repente, achamos o PC, “eu ein viu? Me senti completamente tonta!”.
“Pelo horário, 5:20 não temos muita opção, vamos pegar só dois prismas, os mais próximos”. Eu e Manu fomos pegar o B e Márcio e Tadeu foram atrás do C. Zé Icó me deu logo a dica do B, valeu Zé! Você é uma figuraça! Nos encontramos 5:40 e só achamos o PC B. A AA2 chegou também e foram buscar os PCVs. “Vamos embora”. Seguimos para pegar o E. Paramos, indicamos a Tadeu e o menino parece que tomou um choque, deu um pique danado, quando eu coloquei a bike no chão olha ele de volta! Fomos embora enquanto uma galera ficou lá procurando o PCV E.
Agora é o rappel. Tadeu foi fazer o rappel e nós três fomos arrumar as coisas, tirar o anorak, passar protetor solar e comer mais um pouco. A Makaíara estava acabando, e a Insanos estava lá esperando. Daqui a pouco a gente só ouve a voz de Zé Icó... Zé, eu preciso confessar que cada vez que nos encontrávamos era um momento de diversão. A frase de Zé no PC 4 foi “Insanos tá Olhando a Makaíra”, por causa da formação. Eu ri para me acabar. Esse cara é muito doido gente!
AA1 e AA2 ficaram lá com a gente conversando e o cansaço queria nos pegar. Eu levantei e comecei a colocar as bikes na pista para facilitar quando Tadeu chegasse.
À minha equipe: se eu fui chata alguma hora gente, foi só para nos manter acordados tá? Peço desculpas se enchi o saco de vocês. Arnaldão saiu com a Insanos e eu me gabei falando para ele “não tomei nenhuma queda na prova!” então para pagar minha língua, quando estávamos subindo a Linha Verde para o PC 5, Márcio Xuxu veio me dar um empurrãozinho. .. O guidão dele prendeu no meu e lá se foi Saroca pro asfalto com a perna presa na bike. Eu dei um gritinho e levantei logo para não deixar a dor chegar. Xuxu ficou tão arrasado me pedindo perdão que eu senti mais pena dele do que de mim mesma. Continuei pedalando e esqueci a dor. Ainda no asfalto avistamos alguém caído com a bike do lado. Pensei logo em atropelo, quando chegamos mais perto era Gaia, deitado esperando Arnaldo. Que susto!
Passamos por eles e no caminho de terra do PC 5 a gancheira de Márcio quebrou. Fala sério! Não acredito nisso! Que p** é essa? Paramos para tirar a gancheira. Passaram por nós AA1 e a “Insanos tá Olhando a Makaíra”. Márcio fez a manutenção da bike com Manu Véio e seguimos. Deixamos as bikes, a “Insanos tá Olhando a Makaíra” ainda estava lá. Trocamos a sapatilha, arrumamos as mochilas. Deixamos o que podíamos lá. E nessa hora Tadeu me tira dois pães DELICIOSOS da mochila, estavam com um gostinho de mangue é verdade, mas quem se importa? Brincadeirinha. Esse pão nos salvou!
Recomeçamos o trekking. O segundo mapa era mais difícil. Marquei o azimute do PC 5 ao PC 6 e disse “agora é rasgar mato se for preciso”. Saímos os 8 juntos conversando. Tadeu começou a sentir dor no joelho. Eu tava batendo o maior papo com Arnaldo. Márcio tava conversando com os meninos. E de repente eu pensei “Êpa! A prova ainda não acabou!” Comecei aquele trekking forte, lembra Lu da prova de SE? Pois foi aquele mesmo. Puxei Tadeu pelo braço e disse “quando aquecer a dor passa!”, Manu e Márcio vieram atrás. Nos distanciamos da Insanos, eles já estavam garantidos com os 3 PCV’s e nós não.
Nesse caminho olha a gente ouvindo Zé Icó de novo. Foi muito engraçado. Ele tava reclamando alguma coisa de rasgar mato. Falamos com Mauroba, os Xuxus se reencontraram e de repente a gente tava começando a entrar na morosidade de novo. Peguei Tadeu e fomos andando juntos. Ele até me disse que a dor no joelho tinha passado. Precisávamos achar uma passagem na vegetação para entrar no azimute que eu tinha marcado. Mauroba achou para gente, valeu Bildo. Fomos subindo um morro e passamos por uma floresta, bem jungle mesmo essa prova. Chegamos no alto e avistamos a praia, onde estaria o PC 6, se ele existisse. Estávamos lá em cima, AA1, AA3000, Companheiros e mais umas 2 duplas, eu acho. Chequei o azimute, iríamos abrir caminho sim. Enquanto eu tava olhando mapa e bússola, procurei os meninos e lá estavam eles correndo para descer o morro. Não entendi nada, eu comecei a correr para chegar junto deles quando ouvi Quilda dizer “deixa eles correrem, estão bem preparados”. Uhhuuu um elogio desses só me fez querer correr mais. E o pior é que eu nem tô preparada nada... Ah, outra coisa que eu não posso esquecer de falar, foram algumas vezes que nós ouvimos Quilda falando “estagiário” com Fred, gente que comédia, Fred parece uma criança de tão empolgado que ele fica. Descemos correndo todo mundo menos a AA1. Achamos uma trilha, andamos por ela, teríamos que ir mais um pouco para esquerda, para alinhar o azimute. Cortamos um outro trecho de mangue, bem menor que o primeiro, os meninos até acharam fácil. Entramos em outra estrada com marcas de pneu de moto. Na subida dessa estrada ouvimos as vozes de Mauro e Luciana, mas as vozes vinham de um mato fechado, ficou todo mundo sem entender, a sensação era que eles estavam do nosso lado só que a gente tava numa estrada bem marcada e eles estavam em algum lugar que não conseguimos achá-los. Parecia filme.
Bom, depois de umas 2h de caminhada desde o PC 5, chegamos em cima do ponto onde supostamente estaria o PC 6. Gente, foi do cara**. A navegação foi show! Saímos em cima da foz do rio, o PC estaria à esquerda, na beira mar como dizia o race book. Fomos todos correndo na direção do mapa e... Nada! Não é possível! Eu tenho certeza do que fizemos. O PC 6 deveria estar aqui! Fiquei arrasada, achando que tinha feito mer** na navegação, mas Márcio tava checando o tempo todo comigo, não podia ser isso. Eu fiquei em cima da duna e todo mundo foi procurar o PC 6. Todas as duplas e o nosso quarteto. 10 minutos. Nada. 15 minutos. Nada. 20 minutos. Quanto tempo mais? Eu comecei a sentir a dor da queda em toda a perna direita. Nada. Que frustração. Manu chegou primeiro que os outros e me disse que não tava achando nem Tadeu nem Márcio. Eles se distanciaram muito da gente.
“Manu será que eu fiz mer**? Será que o ponto não é esse?” Eu tava arrasada mesmo, tanto psicológica quanto fisicamente. A Insanos apareceu e foram andando pela costa ao invés de virem para a praia. Então eu vi alguma coisa se mexendo lá na curva do horizonte, bem longe. “Olha lá Manu é uma pessoa. Deve ser o PC, se é beira mar ele deve ter vindo olhar se tinha gente aqui, é o PC”. Depois de mais um tempo avistamos 4 pessoas e entendemos que era uma equipe e não o PC. Resolvemos esperar se aproximar para perguntar se eles tinham pego o PC6. Era a AA1 chegando, eu tava desejando tanto ver o PC que confundi Luciana com ele. Descemos para a praia e começamos a caminhar. Manu tava me rebocando porque eu já não pisava com a perna direita. Meu joelho doía tanto que a sensação era que eu tava com ele partido em algum lugar. AA1 passou por nós e seguiu, Fred ainda me disse “anda descalça que é mais confortável”. Fred eu acreditei em você e me dei mal viu? Fiquei com o pé cheio de bolhas! Ah Fred, seu malvado!
Terminamos a prova assim. Andando desolados, achando que tínhamos perdido o PC 6. Eu me achando uma bos** na navegação e ainda Márcio se separou de nós. Fomos andando devagar, tentando achá-lo pela costa. Tadeu apareceu depois de uns 30 minutos, mas Márcio não. Tadeu o avistou caminhando com a “Insanos tá Olhando a Makaíra” por dentro do vale. Continuamos andando na esperança de encontrá-lo. Maurão passou por nós e confirmou que o viu com a Insanos. Manu subiu no morro de novo tentando achá-lo. Tomamos uma decisão errada e seguimos para a chegada supondo que ele estava indo com a Insanos. Próximo à chegada o Skinter (acho que é esse o nome dele) da Paletada nos avistou e veio ao nosso encontro. Eu comecei a falar rápido que não achamos o PC 6, onde estava o PC 6? E ele me disse “foi cancelado. Não avisaram a vocês?”.

SILÊNCIO

Bom, nessa hora a minha raiva foi tão grande, tão grande que eu não consegui dizer uma única palavra. Cancelaram um PC e não nos avisaram!
Isso é muito grave!
Isso não poderia acontecer nunca numa corrida!
Falta de respeito com os atletas.
Isso acabou a prova da gente. Estávamos nos sentindo tão bem e perdemos algo em torno de 4h porque o trekking que fizemos foi desnecessário. O tempo perdido procurando o PC 6 foi desnecessário.
Márcio chegou um tempo depois e sentados na mesa eu gentilmente pedi que todos se desculpassem com Xuxu. Não queria que ele ficasse magoado conosco. Não queria deixar uma mancha na nossa equipe e os dois meninos, muito obedientes pediram desculpas. Foram sinceras viu Márcio? Desculpa a gente, não foi por maldade. Tomamos uma decisão errada.
Anderson nos pediu que mandássemos um recurso para ele (mandou Xuxu?).
*****
Quero agradecer à minha equipe que soube contornar os imprevistos e fazer uma prova show.
A gente botou pra fu**
A prova foi muito boa. O mapa estava perfeito.
Sincronia e respeito. Amizade e confiança. Raça. Superação física. Muito obrigada Emanuel, Tadeu e Márcio. Fizemos uma corrida belíssima.
Tadeu: alegria 100%. Até com sono ele tava alegre. Parabéns por superar o medo de água. Obrigada pela confiança. Esse menino vai longe!
Manu: meu companheiro de aventura! Treina comigo, me obriga a correr e gente do céu: ele confia mais em mim do que eu mesma! Obrigada Manu!
Márcio: só treinamos juntos para prova uma vez. Mas a sincronia foi muito boa. Obrigada por me suportar na hora das dúvidas, por me ensinar e por termos mantido um espírito de equipe.
E aos três: obrigada pela paciência quando eu tive que marcar o caminho, tava doendo tanto a barriga... Que hambúrguer é esse meu irmão? ;-)

Jungle Adventure 25 e 26/07/09 100km


Luciana e Mauro preparando os mapas

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Release Jungle Adventure - Por Luciana Leal

Foi trágico! Mas foi cômico! Montamos uma equipe competitiva, treinamos horrores, me obrigaram a fazer treinos técnicos, suamos a camisa sem dó nem piedade. No meio da semana Mauro estava com uma infecção sem explicação, eu estava com um hematoma na perna (fruto de uma queda de bike ridícula) que me fez ir ao médico e tomar antibióticos. Paciência!
Foram 3 equipes Aventureiros do Agreste. Nós, a Aventureiros do Agreste 1- Eu, Mauro, Fred e Zé Ico.
Combinamos de poupar Mauro ao máximo. Só Zé e Fred largaram com mochilas. Sáimos no embalo junto com as equipes da frente. Eu e Arnaldo ficamos brincando de pega-pega, curtindo a prova. Zé ficou marcando o tempo, atravessamos um córrego e viramos para a esquerda, pensando que já era o rio. E a prova ficou difícil pra gente desde o começo! Foram horas dentro do mangue, que pode ser chamado de pântano. Outras equipes estavam na mesma situação. Teve uma hora que ninguém sabia de onde tinha vindo de tão igual que era a vegetação. Eu ria com tanta gente sem saber pra onde ir. Fred ficou enlouquecido! ! “-Gente! Mangue é barril! Isso aqui não existe! Como é que a gente vai sair daqui.” E eu respondia: “Existe sim Fred! Você está no mangue. A gente sai. Demora, mas sai.” Pra nós aquela situação era muito comum. Um breu miserável, choviscava algumas vezes, a água preta muitas vezes ia até a cintura, as raízes seguravam a gente como na história da Branca de Neve. Tinha horas que a vegetação fechava e a gente tinha que procurar um buraco pra passar. O engraçado é que ele falava do mangue, mas pra o lado que Mauro dissesse pra ir, o bicho saía igual a um trator rasgando tudo que via pela frente. O preparo não deixava a desejar, porém, a coisa não evoluía. Zé soltava um arroto e um pum a cada 3 segundos, irritando profundamente equipes vizinhas. De repente apareceu o miserável do rio que deveríamos ter atravessado no começo da prova. A ficha caiu na mesma hora. Fred não parava de falar nem um minuto e já dizia que não tinha como atravessar o rio. “Vocês já viram um aventureiro não atravessar um rio à noite?” Ele ainda não tinha noção da brutalidade do sistema, apesar de termos avisado. Fomos entrando na água na maior naturalidade enquanto Mauro sacaneava, perguntando que tipo de nadador ele era. E essa provocação fez o menino se jogar sem medo de ser feliz. Depois da travessia a situação começou a melhorar, encontramos a AA2 outra vez, pegamos o PC1 e seguimos para o PC2.
Pensam que acabou o caso do mangue? Nossa! Pegamos uma trilha, checamos azimute pra cortar até o PC2. Apareceu outro rio. Zé foi e voltou dizendo que não dava pra ir, porque era mangue puro do outro lado. Só que decidimos ir. Tadinho, atravessar o rio com correnteza duas vezes é dose!
No PC2 a nossa posição era 7º lugar. A Makaíra já estava a duas horas de nós. Imaginem!? Começamos a organizar a transição, descobrimos que levaram um farol da bike (se alguém tiver levado sem querer, aceitamos devoluções). Mauroba começou a vomitar. Os irmãos Aventureiros nos deram apoio moral, foram embora e ficamos esperando as coisas se acalmarem. Agora tentem imaginar um cara de 1,90m vomitando lá do alto e depois deitando pertinho do vômito. Vocês acham que ele deitou onde?
Daí em diante o nosso atleta correu na base de água de côco, de suco e de umas poucas frutas que tínhamos. A meta era chegar ao PC 3 antes do corte das 6 da manhã. Meu Deus! Que eucaliptal foi aquele!? A gente ia pensando que tava tudo certo e, de repente, o azimute mudava pra uma direção totalmente diferente. De repente vimos Daniel na estrada na entrada do PC, que foi uma luz em nosso caminho. Valeu Dani!
Chegamos às 5 da matina. As Makaíras e a Gantuá já tinham ido embora. Os pontos eram plotados na hora. A chuva molhou o mapa e a caneta não marcou nada. “Decoramos” os pontos, mostramos a direção para Fred e Zé pegarem o PCB e fomos pegar o C e o D, descartando o A. Quem disse que Tico e Teco se entendiam? Mauro foi correndo para o C e eu sentei na beira da estrada pra esperar. Confesso que senti um pouco de medo daquele breu todo. Não tinha nada nem ninguém. Só eu! Uma reles mortal indefesa. E se a caipora aparecesse!? Ri do meu medo! O dia começou a amanhecer. Maurão e Gaiamum apareceram e Mauroba veio logo depois sem PC.
Abrindo um parêntesis para esse trecho, acho mais estimulante o PC onde você ganha bônus de tempo. A prova foi definida ali e nada mais podíamos fazer. Mas, só pra gente não perder o clima de competição, a brincadeira passou a ser tentar ultrapassar quem estivesse na frente.
Seguimos para o PC virtual E, que ficou bem mais fácil com o dia claro. Fomos pra o rappel juntinhos com a Aventureiros 2. Cláudio tomou uma queda numa ladeira que eu achei que tivesse fraturado a bacia. Ficou estirado no chão e eu, que vinha logo atrás, tive que desviar do corpo desfalecido. Ainda varamos o eucaliptal até o PC 4, onde já estavam a Aventureiros 3, a Insanos e Companheiros. Quando fomos embora, todos já tinham ido e também não fomos avisados do cancelamento do PC6.
Passando algumas equipes, cada um com seus problemas, chegamos ao PC5 com a Companheiros. Deixamos nossas bicicletas e seguimos. Até Mauro, que estava mais debilitado, conseguia correr sem maiores problemas. Seguimos beirando a lagoa, encontramos uma estrada que atravessava o caminho e tínhamos que rasgar mato até o mar, onde estava o PC6. Foram umas 3 tentativas de passar, mas a mata fechava muito. Nesse meio tempo, Fred resolveu subir numa árvore até o último galho pra ver se enxergava alguma trilha (alguém tem que mandar esse menino a um psiquiatra, pois a loucura vai além da conta!). Depois que ele viu que não dava pra passar, tomou a maior queda. Andando mais um pouco, encontrei uma trilha fininha e chamei os meninos. Vamos tentar mais uma vez! Encontramos Didi com sua dupla, que disse ter andado muito, mas a mata fechava. E fechava mesmo, mas pra quem passou uma noite no pântano, aquilo ia ser mole. Lá de cima vimos o mar de muito longe. Ainda tinha uma descida boa e uma montanha pela frente. Fomos por cima, enquanto todos os outros desceram pelo vale. A vegetação era espaçada, o chão de areia branca e havia trilhas em alguns pontos. Pudemos evoluir sem dificuldades até que, pertinho da praia, encontramos outro charco. Zé nem acreditou que nos jogaríamos naquela melação outra vez depois de mais de 10horas de prova. Entramos na trilha do charco, que se misturava com mangue e depois virava rio. Zé e Fred terminaram o trecho com mão ensanguentadas. Quanta agrestia!
Tiramos metade da lama dos pés, subimos o último morro, não havia PC6. O race book dizia que estava à beira-mar. Como não vimos ninguém à beira-mar, fomos observando e correndo em direção à chegada. Corremos por uns 7km na areia da praia, chegando depois da Gantuá e da equipe local(Caiçara) . Mas, como não tínhamos pegado todos os PCs(letras) lá do 3, ficamos mais atrás no ranking.
Gostamos muito da prova! Aproveitamos cada momento, principalmente, as lições! Foi massa! Depois de tudo, e morrendo de sono, ainda realizamos a nossa Ação Social com a atividade de Saúde Bucal para 50 crianças da comunidade. Agradecemos ao pessoal da Paletada por facilitar nossa atividade.